Territorialidade quilombola e trabalho: relação não dicotômica cultura e natureza

AutorMaria Sueli Rodrigues de Sousa, Joaquim José Ferreira dos Santos
Páginas201-209
201
Territorialidade quilombola e trabalho: relação não
dicotômica cultura e natureza
Maria Sueli Rodrigues de Sousa1, 2
http://orcid.org/0000-0003-4611-2262
ESPAÇO TEMA LIVRE
Recebido em 31.05.2018. Aprovado em 18.09.2018. Revisado em 26.12.2018.
© O(s) Autor(es). 2019 Acesso Aberto Esta obra está licenciada sob os termos da Licença Creative Commons
Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/deed.pt_BR),
que permite copiar, distribuir e reproduzir em qualquer meio, bem como adaptar, transformar e criar a partir deste material,
desde que para fins não comerciais e que você forneça o devido crédito aos autores e a fonte, insira um link para a Licença
Creative Commons e indique se mudanças foram feitas.
Territorialidade quilombola e trabalho: relação não dicotômica cultura e natureza
Resumo: O artigo traz a discussão sobre trabalho e territorialidade quilombola como processos não dicotômicos se tomada a categoria
trabalho como não mediada por proprietários dos meios de produção, em que a relação cultura e natureza ocorre numa dinâmica em que
o ser humano faz a si e o meio onde vive e trabalha. A pergunta orientadora é: de que modo a territorialidade quilombola supera a
dicotomia cultura e natureza? E é orientado pelo pressuposto de que a superação da relação dicotômica cultura e natureza se dá pela não
interferência de proprietários nem da terra nem dos meios de produção na referida relação. O texto está organizado em três partes: a
categoria trabalho; as comunidades quilombolas e a apropriação comunal. O texto foi produzido no âmbito de uma pesquisa sobre a
constitucionalidade das terras de quilombo e é resultado de pesquisa bibliográfica e documental.
Palavras-chave: Trabalho. Territorialidade quilombola. Propriedade comunal.
Quilombola territoriality and labor: A non-dichotomic relationship between culture and nature
Abstract: The article presents the debate about labor and quilombola territoriality as non-dichotomous processes when the work
category is faced as something unmediated by the owners of the means of production, and where the relationship between culture and
nature occurs in a dynamic in which humans make themselves and the environment in which they live and work. The research question
is: how does quilombola territoriality overcome the dichotomy of culture and nature? The assumption is that the dichotomic relationship
between culture and nature is overcome when there is no interference of owners, land, and means of production in the relationship. The
article is organized into three items: work category, quilombola communities, and communal appropriation. The study was produced
as part of a research work on the constitutionality of quilombo lands and is the result of bibliographical and documentary analysis.
Keywords: Labor. Quilombola territory. Communal property.
1 Universidade Federal do Piauí, Centro de Ciências Humanas e Letras, Departamento de Ciências Jurídicas, Teresina, PI, Brasil
2 Universidade Federal do Piauí, Centro de Ciências Humanas e Letras, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Teresina, PI, Brasil
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1982-02592019v22n1p201
Joaquim José Ferreira dos Santos2
http://orcid.org/0000-0002-6778-1492
R. Katál., Florianópolis, v. 22, n. 1, p. 201-209, jan./abr. 2019 ISSN 1982-0259

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT