Em 'evento histórico', Petrobras e União assinam aditivo ao contrato da cessão onerosa

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, assinaram nesta sexta-feira o aditivo ao contrato da cessão onerosa, que prevê o pagamento de R$ 34 bilhões pela União à estatal. Na ocasião, Castello Branco classificou o momento como “um evento histórico”, enquanto Guedes disse que “boa parte da construção do futuro do Brasil” passa pelas expectativas de investimentos na indústria de óleo e gás.

O presidente da Petrobras lembrou que a renegociação do contrato levou os últimos quatro anos, sem “nenhum resultado” e que a conclusão do acordo entre as partes, sobre um contrato “extremamente complexo”, “é uma grande vitória”. Castello Branco destacou ainda que a assinatura do aditivo viabiliza a realização do leilão dos excedentes da cessão onerosa, no próximo dia 6 de novembro.

Segundo o executivo, Búzios, uma das áreas ofertadas é o "maior campo offshore do mundo". Após participar da cerimônia, ele informou que a Petrobras participará em consórcios. “É claro que vai ser em consórcio”, disse. Questionado sobre a fatia que a Petrobras terá nos consórcios e o número de parceiros, Castello Branco falou que “você saberá depois do leilão”.

Ele reafirmou que a empresa manifestou interesse por duas de quatro áreas do leilão: Búzios e Itapu. Nesse caso, a companhia terá pelo menos 30% de participação em cada uma das duas áreas, exercendo o papel de operador. Perguntado se a companhia poderia ter uma fatia maior nos consórcios, ele disse que “depois do leilão, você saberá”.

Também presente no evento, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que os leilões de óleo e gás de 2019 vêm sendo realizados dentro da “segurança jurídica e previsibilidade” e que “não vê problemas” que comprometam o leilão dos excedentes da cessão onerosa. “Estamos cumprindo o cronograma estabelecido para os leilões, tudo dentro da segurança jurídica e previsibilidade. Não visualizamos nenhum problema que possa alterar a realização. Temos a expectativa de que [os leilões] serão exitosos”, afirmou.

Guedes, por sua vez, afirmou que tem convicção de que a “magnitude” do leilão traz um “impacto fiscal quantitativo” para o país. A rodada exigirá o pagamento de R$ 106,5 bilhões em bônus de assinatura. Segundo o ministro, a apropriação desses recursos traz uma “dimensão social”.

O ministro classificou o aditivo firmado entre Petrobras e União como o “suco da jabuticaba”. “Foi dito aí que a partilha é uma jabuticaba”, disse, usando...

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