Acórdão Nº 0000031-76.2019.8.24.9001 do Segunda Turma Recursal, 07-07-2020

Número do processo0000031-76.2019.8.24.9001
Data07 Julho 2020
Tribunal de OrigemCapital - Eduardo Luz
ÓrgãoSegunda Turma Recursal
Classe processualAgravo Regimental
Tipo de documentoAcórdão


Segunda Turma Recursal

Vitoraldo Bridi


Agravo Regimental n. 0000031-76.2019.8.24.9001/50000, da Capital - Eduardo Luz

Relator: Juiz Vitoraldo Bridi

AGRAVO EM HABEAS CORPUS. TERMO CIRCUNSTANCIADO. AUTORIDADE COATORA. DELEGADO DE POLÍCIA. CONCLUSÃO DAS INVESTIGAÇÕES E REMESSA AO JUIZADO ESPECIAL. TRANSMUTAÇÃO DA AUTORIDADE COATORA, POR ENCAMPAÇÃO. PERDA DO OBJETO. RECURSO DESPROVIDO.


Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Regimental n. 0000031-76.2019.8.24.9001/50000, da comarca da Capital - Eduardo Luz Juizado Especial Criminal, em que é/são Agravante Waldnei Baragatti,e Agravado Exmo. Sr. Juiz Relator da Primeira Turma de Recursos da Capital:

A Segunda Turma Recursal decidiu, por unanimidade, conhecer o recurso e negar-lhe provimento.

Sem custas processuais e honorários.

Participaram do julgamento, realizado nesta data, os Excelentíssimos Senhores Juízes Marco Aurélio Ghisi Machado e Margani de Mello.


Florianópolis, 07 de julho de 2020.



Vitoraldo Bridi

Relator


RELATÓRIO

Dispensado, a teor do artigo 46 da Lei n. 9.099/95, do artigo 63, §1º da Resolução - CGJ/SC nº 04/07 e do Enunciado n. 92 do FONAJE.


VOTO

Trata-se Agravo Interno em Habeas Corpus impetrado por EDSON ANTÔNIO LENZI FILHO E OUTROS, em favor dos pacientes "Viva" Associação Recreativa e Esportiva Beneficiante e Waldnei Baragatti, em que se pleiteia o trancamento do Termo Circunstanciado n. 0002820-06.2019.8.24.0091.

A parte impetrante, ora agravante, sustenta que não deveria ter ocorrido a lavratura do Termo Circunstanciado, uma vez que a atividade realizada é respaldada pela Lei n. 13.019/14, que não poderia ser confundida com a prática de contravenção penal de exploração de jogos de azar. Por isso, aponta como autoridade coatora o Delegado de Polícia da Delegacia de Jogos e Entretenimento da Comarca da Capital/SC.

Foi proferida decisão monocrátia negando seguimento ao writ, em função da perda do objeto. Em face desta decisão, a parte agravante interpôs o presente reclamo, alegando que não houve a perda do objeto porque: 1) os autos do Termo Circunstanciado não foram arquivados; 2) houve baixa para novas diligências; 3) os pacientes permanecem sofrendo coação ilegal.

No entanto, entendo que a decisão combatida não merece reforma.

Após a finalização das investigações, o Delegado de Polícia remeteu o Termo Circunstanciado ao Juizado Especial Criminal da Capital/SC. Sendo assim, houve a transmutação por encampação da autoridade coatora, que passou a ser o magistrado responsável pelo processo.

Inclusive, em caso semelhante, em que houve a conclusão do inquérito e sua remessa ao juízo, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina firmou entendimento no sentido de que "uma vez remetido o inquérito policial a juízo, mesmo antes do recebimento da denúncia, a autoridade coatora passa a ser o juiz, que possui ingerência exclusiva sobre o processo"1Portanto, considerando que o Termo Circunstanciado tramita em juízo e...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT