Acórdão Nº 0001171-38.2015.8.24.0061 do Terceira Turma Recursal, 19-08-2020

Número do processo0001171-38.2015.8.24.0061
Data19 Agosto 2020
Tribunal de OrigemSão Francisco do Sul
ÓrgãoTerceira Turma Recursal
Classe processualRecurso Inominado
Tipo de documentoAcórdão


Terceira Turma Recursal

Alexandre Morais da Rosa


Recurso Inominado n. 0001171-38.2015.8.24.0061, de São Francisco do Sul

Relator: Juiz Alexandre Morais da Rosa

CONSUMIDOR. DEFEITO NO PRODUTO DURANTE O PRAZO DE GARANTIA ESTENDIDA. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. DEFEITO EVIDENCIADO. VISTORIA NO LOCAL. LAUDO NÃO JUNTADO. SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO DEVIDA. SENTENÇA MANTIDA PELOS SEUS PÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO DESPROVIDO.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Inominado n. 0001171-38.2015.8.24.0061, da Comarca de São Francisco do Sul 2ª Vara Cível, em que é/são Magazine Luiza S/A,e Recorrido Letícia Aparecida Venancio da Maia:



ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Recursal, por unanimidade, por conhecer do recurso e negar-lhe provimento. Custas processuais e honorários advocatícios pelo recorrente, arbitrados em 15% (quinze por cento) sobre o valor atualizado da condenação.



Florianópolis, 19 de agosto de 2020.


Alexandre Morais da Rosa

Relator










I – RELATÓRIO.


Dispensado nos termos do art. 46 da Lei n. 9.099/95.


II – VOTO.


Conheço do recurso, por ser próprio e tempestivo.

Mantenho a sentença impugnada pelos seus próprios fundamentos, acrescentando que acerca da preliminar de mérito da decadência, a recorrente alegou que o direito da autora se encontra prescrito (fl.186). O direito caduca (art. 26 do CDC) e a pretensão prescreve (art. 27 do CDC). Na espécie, a consumidora adquiriu o produto com garantia estendida. O início do prazo de decadência para efetuar a reclamação inicia-se quando expirar o prazo oferecido na garantia. Ainda, a garantia contratual é complementar à legal, art. 50 do CDC. Do suposto defeito no produto (fl.187), anoto que houve vistoria que constatou o dano, porém, negou a cobertura. Logo, evidenciado o dano. Anoto que determinada a apresentação do Laudo, a recorrente não o apresentou. Assim, não comprovou que o defeito inexiste ou a culpa da consumidora. No tocante a impossibilidade de entrega do produto, a questão é singela. A recorrente aduz que não possui disponibilidade de estoque do produto, pois adquirido pela consumidora em 2013. Na sentença constou a substituição do aparelho de fl. 146 por outro idêntico ou de melhor qualidade (caso não haja mais em produção). Desse modo, basta substituir o produto (refrigerador) por um de melhor qualidade.

Ante o exposto, voto pelo desprovimento do recurso, com a manutenção da sentença, condenando a recorrente ao pagamento das custas e honorários, estes fixados...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT