Acórdão Nº 0023549-66.2012.8.10.0001 do TJMA. Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, 1ª Câmara Cível, 2022

Ano2022
Classe processualApelação Cível
Órgão1ª Câmara Cível
Tipo de documentoAcórdão
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO

AUTOS: APELAÇÃO CÍVEL - 0023549-66.2012.8.10.0001

APELANTE: BANCO BONSUCESSO S.A.

Advogados/Autoridades do(a) APELANTE: MANUELA SAMPAIO SARMENTO E SILVA - MA12883-S, SUELLEN PONCELL DO NASCIMENTO DUARTE - PE28490-A

APELADO: WILTON FERREIRA LISBOA

Advogado/Autoridade do(a) APELADO: JOSE LUIZ FERNANDES GAMA - MA7340-A

RELATOR: ANGELA MARIA MORAES SALAZAR

ÓRGÃO JULGADOR COLEGIADO: 1ª CÂMARA CÍVEL

EMENTA

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0023549-66.2012.8.10.0001

AGRAVANTE: WILTON FERREIRA LISBOA

ADVOGADA: FERNANDA GRAZIELLE DE CARVALHO FERREIRA OAB/MA 13696)

AGRAVADO: BANCO BONSUCESSO S/A

ADVOGADA:Suellen Poncell do Nascimento Duarte (OAB/PE/28.490) E OUTRA

RELATORA: Desembargadora Angela Maria Moraes Salazar

EMENTA: AGRAVO INTERNO. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO. DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO. AUSÊNCIA DE VÍCIO CONSUMERISTA. FORÇA OBRIGACIONAL DOS CONTRATOS. APLICAÇÃO DAS TESES FIRMADAS NO IRDR Nº 53.983/2016.AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.

1) Nos termos do julgamento do IRDR nº 53.983/2016, restou estabelecida a 1ª tese, segundo a qual independentemente da inversão do ônus da prova (art. 6, VIII do CDC), cabe à instituição financeira, enquanto fato impeditivo e modificativo do direito do consumidor (CPC, art. 373, II), o ônus de provar que houve a contratação do empréstimo consignado, mediante a juntada do contrato ou de outro documento capaz de revelar a manifestação de vontade do consumidor no sentido de firmar o negócio jurídico, e a 4ª Tese no sentido de que não estando vedada pelo ordenamento jurídico, é lícita a contratação de quaisquer modalidades de mútuo financeiro, de modo que, havendo vícios na contratação, sua anulação deve ser discutida à luz das hipóteses legais que versam sobre defeitos do negócio jurídico (CC, arts. 138, 145, 151, 156, 157 e 158) e dos deveres legais de probidade, boa-fé (CC, art. 422) e da informação adequada e clara sobre os diferentes produtos, especificando corretamente as características do contrato (art. 4º, IV e art. 6º, III, do CDC), observando-se, todavia, a possibilidade de convalidação do negócio anulável, segundo os princípios da conservação dos negócios jurídicos (CC, art. 170).

2) O agravado se desincumbiu do ônus de comprovar que o apelante firmou contrato de “cartão de crédito consignado” e que tinha ciência das obrigações pactuadas, eis que acostou cópia do pacto devidamente assinado por ela. Assim, comprovada a regularidade do negócio, ausente é o defeito na prestação do serviço, o que constitui causa excludente da responsabilidade civil, nos termos do art. 14, §3º, I, do CDC.

3) Agravo Interno desprovido.

RELATÓRIO

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0023549-66.2012.8.10.0001

AGRAVANTE: WILTON FERREIRA LISBOA

ADVOGADA: FERNANDA GRAZIELLE DE CARVALHO FERREIRA OAB/MA 13696)

AGRAVADO: BANCO BONSUCESSO S/A

ADVOGADA:Suellen Poncell do Nascimento Duarte (OAB/PE/28.490) E OUTRA

RELATORA: Desembargadora Angela Maria Moraes Salazar

RELATÓRIO

Cuida-se de Agravo Interno interposto por WILTON FERREIRA LISBOA contra decisão monocrática da minha lavra que deu provimento à Apelação Cível em epígrafe, reformando a sentença vergastada, julgar improcedentes os pedidos da exordial.

O agravante sustenta, em suas razões recursais, que “(...) o dever de informação não foi respeitado presente caso. Em verdade, conforme explicado na inicial, em março de 2009, o Autor foi procurado por um agente do Banco, que lhe ofereceu uma excelente proposta de empréstimo consignado com desconto em folha de pagamento .

Ao final, requer o provimento do recurso.

As contrarrazões foram apresentadas no id nº 13498693.

É o relatório.

Inclua-se em pauta virtual para julgamento.

São Luís, data do sistema.

Desembargadora ANGELA MARIA MORAES SALAZAR

Relatora

VOTO

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT