Acórdão Nº 0300435-84.2018.8.24.0046 do Terceira Turma Recursal, 27-05-2020

Número do processo0300435-84.2018.8.24.0046
Data27 Maio 2020
Tribunal de OrigemPalmitos
ÓrgãoTerceira Turma Recursal
Classe processualRecurso Inominado
Tipo de documentoAcórdão


Terceira Turma Recursal

Alexandre Morais da Rosa


Recurso Inominado n. 0300435-84.2018.8.24.0046, de Palmitos

Relator: Juiz Alexandre Morais da Rosa

RECURSOS INOMINADOS – CARTÃO DE CRÉDITO – DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO E RELAÇÃO CONTRATUAL.

RECURSO DA REQUERIDA PELA HIGIDEZ DO CONTRATO – INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA – CONTRATOS IMATERIAIS, REALIZADOS DE FORMA REMOTA (TELEFONE OU INTERNET), COM CHECAGEM PRECÁRIA DE DADOS E SUPOSTAMENTE COMPROVADOS APENAS POR TELAS DE SISTEMA – RISCO DO NEGÓCIO JURÍDICO – RESPONSABILIDADE OBJETIVA.

RECURSO DA AUTORA – PRETENSÃO DE RECONHECIMENTO DE DANO MORAL – AUSÊNCIA DE INSCRIÇÃO – NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO ESPECÍFICA – AUSÊNCIA DE DANO QUE JUSTIFIQUE A PRETENSÃO INDENIZATÓRIA.

RECURSOS DESPROVIDOS.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Inominado n. 0300435-84.2018.8.24.0046, da Comarca de Palmitos Vara Única, em que são Recorrente/Recorrido Deonilce Ficanha e Recorrido/Recorrente Bv Financeira S/A Crédito, Financiamento e Investimento:



ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Recursal, por unanimidade, em deferir o requerimento de gratuidade de Justiça à autora, conhecer e negar provimento aos Recursos Inominados. Custas processuais e honorários advocatícios pelos recorrentes, arbitrados em 15% (quinze por cento) sobre o valor atualizado da causa. Suspensa a exigibilidade pelo prazo de cinco anos em relação à autora, em função da gratuidade da Justiça concedida, na forma do art. 98, § 3º do Código de Processo Civil.

Florianópolis, 27 de maio de 2020.

Alexandre Morais da Rosa

Relator


I – RELATÓRIO.

Dispensado nos termos do art. 46 da Lei n. 9.099/95.

II – VOTO.

Inicialmente, considerada as circunstâncias apresentadas nos autos, voto por deferir o requerimento de gratuidade e conhecer dos Recursos Inominados

Mantenho a sentença, por seus próprios fundamentos, corroborando a forma como o acervo probatório foi valorado.

Destaco, sobre o recurso da autora: a) apesar de intimada, a autora não juntou o comprovante de inscrição nos cadastros restritivos de crédito; b) a pretensão pelo reconhecimento de dano moral in re ipsa, nos casos de mera cobrança indevida, não prospera. A obrigatoriedade de comprovação do dano é uma regra geral, excepcionada apenas em casos próprios. Portanto, o dano moral deve ser comprovado de forma específica; e, c) não se perde de perspectiva o inconveniente narrado com as cobranças, apenas os fatos não se revestem da gravidade que justifique a indenização pretendida.

...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT