Acórdão Nº 0301001-87.2015.8.24.0159 do Sexta Câmara de Direito Civil, 26-07-2022

Número do processo0301001-87.2015.8.24.0159
Data26 Julho 2022
Tribunal de OrigemTribunal de Justiça de Santa Catarina
ÓrgãoSexta Câmara de Direito Civil
Classe processualApelação
Tipo de documentoAcórdão
Apelação Nº 0301001-87.2015.8.24.0159/SC

RELATOR: Desembargador ANDRÉ LUIZ DACOL

APELANTE: SIRLEI BORGES ADVOGADO: THOBIAS KARPINSKI (OAB SC041143) ADVOGADO: ESTEPHAN EUSTASIO FOLLE (OAB SC040146) ADVOGADO: FABIANE GASPAR DA SILVA (OAB SC013257) ADVOGADO: BIANCA MARCHI PIRES (OAB SC042528) APELADO: PEDRO PAULO DE SOUSA ADVOGADO: MARCUS BRELINGER DE LUCA (OAB SC045335)

RELATÓRIO

Em atenção aos princípios da celeridade e economia processuais, adota-se o relatório da sentença, transcrito na íntegra, por refletir com fidelidade o trâmite processual na origem:

Trata-se de "ação de anulação de ato jurídico por simulação c/c cancelamento de registro público", proposta por Sirlei Borges, em face de Pedro Paulo de Sousa.

Infere-se da exordial que a autora conviveu em união estável como pai do réu por um período de 21 (vinte e um) anos, durante o qual o casal adquiriu, em tese, diversos bens, dentre eles o imóvel registrado sob a matrícula nº 1895, no Registro de Imóveis da Comarca de Armazém/SC.

Aduziu a autora que, não obstante o referido imóvel ter sido registrado no nome do réu, em 2009, o bem, em verdade, pertencia ao casal, e a autora não consentiu com a alienação ao descendente.

Desse modo, propôs a presente demanda em juízo, requerendo, inclusive: (a) a concessão de medida liminar, para que seja incluída restrição na matrícula do bem imóvel; (b) a procedência dos pedidos para (b1) ratificar a tutela, (b2) declarar a nulidade do negócio jurídico; (c) a inversão do ônus probandi; (d) a benesse da gratuidade da justiça.

A autora atribuiu valor à causa e juntou documentos às fls. 15/41.

O pedido atinente à antecipação dos efeitos da tutela restou indeferido. Contudo, a justiça gratuita foi concedida à parte autora (fls. 42/43).

Em face do decisum, a autora interpôs agravo de instrumento (fls. 57/65).

A autora anexou novos documentos às fls. 66/70.

Citado e intimado (fl. 88), o réu compareceu à sessão conciliatória, que restou inexitosa (fl. 91), e apresentou contestação às fls. 93/102. Inicialmente, impugnou a gratuidade da justiça deferida à autora. Suscitou questão prejudicial de mérito de decadência. No mérito, defendeu que a autora não juntou quaisquer provas de suas alegações. Contrapôs-se aos pedidos elencados na exordial. Acostou documentos às fls. 103/152.

Sobre a contestação, manifestou-se a autora (fls. 156/164).

O recurso outrora interposto pela autora teve seu provimento negado pela Sexta Câmara de Direito Civil do egrégio TJSC (fls. 175/202).

Sobreveio sentença, a qual julgou a lide nos seguintes termos:

Ante o exposto, ACOLHO a questão prejudicial de mérito de decadência, e, por conseguinte, JULGO EXTINTO o processo, com resolução de mérito, com fulcro no artigo 487, inciso II, do Código de Processo Civil.

Condeno a autora ao pagamento das custas e de honorários advocatícios, estes que fixo em 10 % (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, com base no artigo 85, § 2º, do CPC, sendo, todavia, suspensa a exigibilidade do pagamento em virtude de ela ser beneficiária da justiça gratuita.

Inconformada, a parte autora interpôs recurso de apelação (ev57, origem). Em suas razões, sustentou que, "por se tratar de nulidade em negócio jurídico, não há possibilidade de ver decretada a prescrição ou reconhecida a decadência, pois o vício em si não se...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT