Acórdão Nº 0303730-24.2019.8.24.0005 do Terceira Turma Recursal, 13-05-2020

Número do processo0303730-24.2019.8.24.0005
Data13 Maio 2020
Tribunal de OrigemBalneário Camboriú
ÓrgãoTerceira Turma Recursal
Classe processualRecurso Inominado
Tipo de documentoAcórdão


Terceira Turma Recursal

Alexandre Morais da Rosa


Recurso Inominado n. 0303730-24.2019.8.24.0005, de Balneário Camboriú

Relator: Juiz Alexandre Morais da Rosa

TRANSPORTE AÉREO – CANCELAMENTO DO VOO – ADVERSIDADES CLIMÁTICAS – CARACTERIZAÇÃO DE FORTUITO INTERNO - OCORRÊNCIA QUE NÃO AFASTA A RESPONSABILIDADE CIVIL - DANO MORAL INDENIZÁVEL - QUANTUM QUE ATENDE AOS CRITÉRIOS DE PROPORCIONALIDADE, RAZOABILIDADE E OS PRECEDENTES DA TURMA DE RECURSOS – SENTENÇA MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS - RECURSO DESPROVIDO.


Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Inominado n. 0303730-24.2019.8.24.0005, da Comarca de Balneário Camboriú 1º Juizado Especial Cível, em que é Tam Linhas Aéreas S/A e Recorrido Rosani da Silva Villalba:



ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Recursal, por unanimidade, por conhecer do recurso e negar-lhe provimento. Custas processuais e honorários advocatícios pelo recorrente, arbitrados em 15% (quinze por cento) sobre o valor atualizado da condenação.



Florianópolis, 13 de maio de 2020.


Alexandre Morais da Rosa

Relator






I – RELATÓRIO.

Dispensado nos termos do art. 46 da Lei n. 9.099/95.

II – VOTO.

Mantenho a sentença por seus próprios fundamentos, destacando que: a) o atraso no destino final foi de aproximadamente 24 horas (fl.02); b) a recorrida permaneceu durante três horas dentro da aeronave sem informação alguma sobre o atraso do voo, e após, enfrentou uma fila com aproximadamente duzentas pessoas para ser encaminhada a hotel, porém, sem disponibilidade, o que fez com que fosse reencaminhada a outro hotel. Assim, evidente a falha na prestação do serviço que não pode ser considerada como mero aborrecimento (108); c) a alegação de caso fortuito ou força maior (fl. 107) não é suficiente para a exclusão de sua responsabilidade, uma vez que trata-se de caso fortuito interno e não externo, figurando como risco da atividade profissional escolhida, devendo a requerida responder pelos danos advindos; d) o valor arbitrado da condenação atende aos princípios da razoabilidade, proporcionalidade e os parâmetros estabelecidos por esta Turma de Recursos...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT