Acórdão Nº 0318361-10.2015.8.24.0038 do Segunda Turma Recursal, 11-08-2020

Número do processo0318361-10.2015.8.24.0038
Data11 Agosto 2020
Tribunal de OrigemJoinville
ÓrgãoSegunda Turma Recursal
Classe processualRecurso Inominado
Tipo de documentoAcórdão



ESTADO DE SANTA CATARINA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA

Segunda Turma Recursal



Recurso Inominado n. 0318361-10.2015.8.24.0038, de Joinville

Relatora: Juíza Margani de Mello




RECURSO INOMINADO. ALUGUEL COMERCIAL. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS NA INICIAL E DO CONTRAPOSTO. RECURSO DA LOCADORA. TESE DE INEXISTÊNCIA DE DANOS MORAIS. NÃO ACOLHIMENTO. INADIMPLÊNCIA QUE NÃO AUTORIZA O IMPEDIMENTO DO LOCATÁRIO DE ENTRADA NO IMÓVEL LOCADO, NEM PERMITE QUE O LOCADOR RETIRE OS MÓVEIS DO LOCAL. RECORRIDO IMPOSSIBILITADO DE USUFRUIR DE SEUS BENS. NECESSIDADE DE ACIONAMENTO DA POLÍCIA PARA RESOLUÇÃO DA QUESTÃO. SITUAÇÃO QUE DESBORDA OS MEROS DISSABORES. CONTRATO VERBAL. VALOR DO ALUGUEL CONFIRMADO PELAS PARTES EM DEPOIMENTO PESSOAL. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DA CLÁUSULA DO CONTRATO ESCRITO (NÃO ASSINADO PELO LOCATÁRIO) PARA REAJUSTE. MANUTENÇÃO DO VALOR INICIAL. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.



Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Inominado n. 0318361-10.2015.8.24.0038, da comarca de Joinville 1º Juizado Especial Cível - Foro Central, em que é recorrente Eliane Monica da Rocha, e recorrido Luiz Carlos de Oliveira:



I - RELATÓRIO

Conforme autorizam o artigo 46, da Lei 9.099/95, e o Enunciado 92, do FONAJE, dispensa-se o relatório.

II - VOTO

Trata-se de recurso inominado interposto por Eliane Mônica da Rocha em face de sentença que julgou parcialmente procedentes os pedidos contra ela formulados na inicial, bem como o contraposto. Alega, em síntese, a inexistência de danos morais e que os alugueres eram progressivos, conforme terceira cláusula do contrato celebrado pelas partes.

Contrarrazões às pp. 256-261.

O reclamo não merece provimento.

Como bem pontuado pelo magistrado a quo, a inadimplência do locatário não autoriza o locador a fazer 'justiça' com as próprias mãos, com a expulsão do inquilino e retirada de bens móveis do local, sendo indiscutível que o excesso da locadora culminou na necessidade de intervenção da polícia militar para recuperação dos móveis (p. 143) e na impossibilidade, por parte do locatário, de usufruir de seus bens por determinado período – situação que desborda o mero dissabor, autorizando a condenação daquela em indenização por danos morais.

No que pertine ao valor do aluguel, razão também não assiste à recorrente, posto que as disposições contratuais foram completamente desconsideradas, já que o contrato não foi assinado pelo recorrido, justamente em razão da discordância com algumas cláusulas contratuais (depoimento pessoal do autor), sendo, portanto, inaplicável a pretensão de reajuste do aluguel com fundamento na cláusula contratual.

Dessa forma, sendo incontroverso que o valor acertado foi de R$ 1.000,00 (depoimento pessoal das partes), acertada a sentença em utilizar este valor como base para cálculos do pedido contraposto.

Voto,...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT