Acórdão Nº 0837938-42.2020.8.10.0001 do TJMA. Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, 2ª Turma Recursal Permanente Da Comarca Da Ilha de São Luís, 06-07-2022

Número do processo0837938-42.2020.8.10.0001
Ano2022
Data de decisão06 Julho 2022
Classe processualRecurso Inominado Cível
Órgão2ª Turma Recursal Permanente Da Comarca Da Ilha de São Luís
Tipo de documentoAcórdão
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO

AUTOS: RECURSO INOMINADO CÍVEL - 0837938-42.2020.8.10.0001

REQUERENTE: STEFANY NASCIMENTO DE SOUZA

Advogado/Autoridade do(a) REQUERENTE: JOHN STEVE NASCIMENTO DE SOUZA - MA21459-A

RECORRIDO: MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS REPRESENTANTE: MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS

RELATOR: CRISTIANA DE SOUSA FERRAZ LEITE

ÓRGÃO JULGADOR COLEGIADO: 2ª TURMA RECURSAL PERMANENTE DA COMARCA DA ILHA DE SÃO LUÍS

EMENTA

SESSÃO VIRTUAL DE 28 DE JUNHO DE 2022

RECURSO:0837938-42.2020.8.10.0001

ORIGEM: JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA

RECORRENTE: STEFANY NASCIMENTO DE SOUZA

ADVOGADO(A): JOHN STEVE NASCIMENTO DE SOUZAMA21459-A

RECORRIDO: MUNICÍPIO DE SÃO LUIS

ADVOGADO: PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO

RELATORA: JUÍZACRISTIANA DE SOUSA FERRAZ LEITE

ACÓRDÃO Nº 3354/2022-2

EMENTA: CONTRATO NULO. GESTANTE. ESTABILIDADE CONSTITUCIONAL. PROTEÇÃO AO NASCITURO. POSSIBILIDADE. DANO MATERIAL RECONHECIDO. DANO MORAL AFASTADO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes acima citadas.DECIDEMos Senhores Juízes daSEGUNDATURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL, porunanimidade, em conhecer do recurso e, no mérito,DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto da Relatora.

Sem custas processuais (justiça gratuita) e sem condenação em honorários.

Votaram, além da Relatora, os JuízesMANOEL AURELIANO FERREIRA NETO(Membro) e LAVÍNIA HELENA MACEDO COELHO (Membro).

JuízaCRISTIANA DE SOUSA FERRAZ LEITE

Relatora

RELATÓRIO

Dispensado na forma da Lei n. 9.099/95, art. 38, “caput

VOTO

Uma vez atendidos os pressupostos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade, recebo o recurso.

O cerne da questão cinge-se em saber se a recorrente é detentora do direito a estabilidade gestante prevista no art. 10, II, “b” da ADCT, uma vez que foi contratada sob regime de contrato nulo.

Em análise dos autos tem-se que a parte autora foi admitida mediante contrato junto a prefeitura de São Luis em 01.03.09, sem a prévia realização de concurso público, na forma de serviços prestados, sendo demitida em 30.06.2019, período em que estava grávida.

Pois bem, não resta dúvidas de que a autora detinha um contrato nulo de prestação de serviços com a Administração Pública, situação que, nos moldes da Súmula 363 do TST lhe confere, em princípio, apenas o direito ao recebimento do FGTS e a contraprestação pelos serviços prestados.

Ocorre que a Constituição Federal conferiu as gestantesespecial tratamento, como forma de proteção ao nascituro, é o que se...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT