Acórdão Nº 5011639-95.2021.8.24.0018 do Segunda Turma Recursal, 18-10-2022

Número do processo5011639-95.2021.8.24.0018
Data18 Outubro 2022
Tribunal de OrigemTribunal de Justiça de Santa Catarina
ÓrgãoSegunda Turma Recursal
Classe processualRECURSO CÍVEL
Tipo de documentoAcórdão
RECURSO CÍVEL Nº 5011639-95.2021.8.24.0018/SC

RELATOR: Juiz de Direito Vitoraldo Bridi

RECORRENTE: VIA S.A. (RÉU) RECORRIDO: MARCIO ADAO DE MACEDO (AUTOR)

RELATÓRIO

Dispensado, a teor do artigo 46 da Lei n. 9.099/95, do artigo 63, § 1º da Resolução - CGJ/SC nº 04/07 e do Enunciado 92 do FONAJE.

VOTO

Trata-se de recurso inominado interposto por VIA S.A., em ação na qual se discute a inexistência de débitos e a ocorrência de dano moral.

Em preliminar, a parte recorrente suscitou a sua ilegitimidade passiva, ao argumento de que a responsabilidade é exclusiva da parte corré Banco Bradescard, que emitiu e inscreveu a parte autora no cadastro de inadimplentes.

A tese não merece prosperar.

Isso porque a parte recorrente integrou a cadeia de consumo conjuntamente com a instituição financeira no fornecimento do cartão de crédito, tanto que consta das faturas colacionadas na contestação (evento 37, fatura 2) o termo "CASAS BAHIA VISA GOLD".

Nota-se, portanto, a existência de responsabilidade solidária pelos prejuízos suportados pela parte autora.

Nesse sentido, colhe-se julgado das Turmas Recursais:

RECURSO INOMINADO - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C DANOS MORAIS - NEGOCIAÇÃO DE DÍVIDA DE CARTÃO DE CRÉDITO - VALORES PAGOS - INSCRIÇÃO INDEVIDA - ILEGITIMIDADE PASSIVA AFASTADA - APLICAÇÃO DA TEORIA DA APARÊNCIA E SOLIDARIEDADE NA CADEIA DE FORNECIMENTO - (TJSC, RI N° 5001018-48.2020.8.24.0091, REL. JUIZ MARCO AURÉLIO GHISI MACHADO, SEGUNDA TURMA DE RECURSOS, J. EM 22/02/22) - MÉRITO - ACORDO QUITADO - AUSÊNCIA DE DÉBITOS - APONTAMENTO IRREGULAR - DANO MORAL PRESUMIDO - QUANTUM REDUZIDO EM OBSERVÂNCIA AOS NOVOS PARÂMETROS ESTABELECIDOS POR ESTA TURMA DE RECURSOS PARA CASOS SEMELHANTES - RECURSO PROVIDO EM PARTE1.

Afasto, desse modo, a preliminar de ilegitimidade passiva.

No mérito, a sentença deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos, nos termos do artigo 46 da Lei n. 9.099/95.

Ante o exposto, voto no sentido de afastar a preliminar de ilegitimidade arguida e, no mérito, negar provimento ao recurso, nos termos do artigo 46 da Lei n. 9.099/95 e condenar a parte recorrente ao pagamento das custas processuais e honorários, estes fixados em 10% do valor da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei n. 9.099/95.

Documento eletrônico assinado por VITORALDO BRIDI, Juiz Relator, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT