Acórdão Nº 5022118-70.2022.8.24.0000 do Terceira Câmara de Direito Comercial, 01-09-2022

Número do processo5022118-70.2022.8.24.0000
Data01 Setembro 2022
Tribunal de OrigemTribunal de Justiça de Santa Catarina
ÓrgãoTerceira Câmara de Direito Comercial
Classe processualAgravo de Instrumento
Tipo de documentoAcórdão
Agravo de Instrumento Nº 5022118-70.2022.8.24.0000/SCPROCESSO ORIGINÁRIO: Nº 5040961-14.2022.8.24.0023/SC

RELATOR: Desembargador GILBERTO GOMES DE OLIVEIRA

AGRAVANTE: GOIS ALMEIDA & WEIRICH ADVOGADOS ASSOCIADOS S/S ADVOGADO: RONALDO GOIS ALMEIDA (OAB RS056646) AGRAVADO: APPORTI SOLUCOES EM TECNOLOGIA EIRELI AGRAVADO: JEFFERSON RODRIGUES COLOMBO INTERESSADO: FINANCEIRA ALFA S.A. CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS ADVOGADO: RONALDO GOIS ALMEIDA

RELATÓRIO

Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo exequente, Gois Almeida & Weirich Advogados Associados S.A, da decisão, de lavra da Unidade Estadual de Direito Bancário, que, nos autos do cumprimento de sentença proposto em face dos executados, Jefferson Rodrigues Colombo e Apporti Soluções Em Tecnologia EIRELI, indeferiu o pedido de tutela de urgência formulado.

Em suas razões recursais, o exequente, alegou, em suma, que se faz necessário o bloqueio de ativos financeiros em nome do executado, no rosto dos autos originários, a fim de garantir o resultado útil da demanda executiva.

Pediu pela concessão do efeito ativo e, no mérito, pelo provimento do reclamo.

O efeito ativo foi indeferido ao evento 8.

Ausente contrarrazões.

É o relatório.

VOTO

I. Tempestividade e preparo recursal

Porque presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do agravo por instrumento.

II. Agravo da exequente

Em suas razões recursais, o exequente, alegou, em suma, que se faz necessário o bloqueio de ativos financeiros em nome do executado, no rosto dos autos originários, a fim de garantir o resultado útil da demanda executiva.

Razão, entretanto, não lhe assiste.

Isso porque, na cautelar de arresto, para que a medida constritiva seja deferida é necessário que o risco de perda do patrimônio seja efetivamente comprovado, sendo demonstrado que de fato existe a tendência da parte ré se desfazer ou ocultar seus bens visando impossibilitar futura execução, não bastando a simples suposição da possibilidade de tal fato vir a acontecer.

In casu, evidencia-se que não há nos autos qualquer elemento que comprove que o executado esta se desfazendo do seu patrimônio ou de que pretende fazê-lo, de forma a impedir o resultado útil da demanda executiva.

Sendo assim, tendo em vista que o simples receio de não recebimento dos valores não é suficiente para demonstrar o referido requisito, não há razão para a decretação de qualquer forma de indisponibilidade ou bloqueio liminar de bens da parte executada.

É da...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT