Acórdão Nº 5031342-66.2021.8.24.0000 do Câmara de Recursos Delegados, 27-10-2021

Número do processo5031342-66.2021.8.24.0000
Data27 Outubro 2021
Tribunal de OrigemTribunal de Justiça de Santa Catarina
ÓrgãoCâmara de Recursos Delegados
Classe processualConflito de competência cível (Recursos Delegados)
Tipo de documentoAcórdão
Conflito de competência cível (Recursos Delegados) Nº 5031342-66.2021.8.24.0000/SC

RELATOR: Desembargador SALIM SCHEAD DOS SANTOS

SUSCITANTE: 3º JUÍZO DA UNIDADE REGIONAL DE DIREITO BANCÁRIO DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS SUSCITADO: Juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de Criciúma

RELATÓRIO

Em tela conflito de competência instaurado entre o 3º Juízo da Unidade Regional de Direito Bancário da comarca de Florianópolis e a 2ª Vara Cível da comarca de Criciúma, relativamente a "ação de obrigação de fazer cumulada com indenização por danos morais" ajuizada por Antonio Mota em desfavor de BV Financeira e Toledo Piza Advogados Associados (Autos n. 5005471-71.2021.8.24.0020, Evento 1, Eproc 1).

O pronunciamento declinatório da competência, por parte do Juízo da 2ª Vara Cível da comarca de Criciúma, está assim fundamentado:

"Cuida-se de ação na qual a celeuma em questão exige a análise da relação jurídica firmada entre o cliente e a instituição financeira, por suposta ineficiência do serviço, o que torna competente a vara especializada para o conhecimento da matéria sub judice. Caso semelhante foi analisado recentemente pelo egrégio Tribunal de Justiça de Santa Catarina: 'Imperioso destacar que a causa de pedir, no caso em exame, não decorre da hipótese de fraude praticada por terceiros, o que justificaria a competência da Vara Cível. Pelo contrário, a celeuma exige a análise da relação jurídica firmada entre o cliente e a instituição financeira, por suposta ineficiência do serviço, o que torna competente a Unidade de Direito Bancário suscitada.' (Conflito de Competência n. 0001347-35.2017.8.24.0000 de Criciúma. Relator(a): Desembargador Ronei Danielli. Julgado em 16/08/2017)' (...)" (Autos supramencionados, Evento 9, Eproc 1).

Com a edição da Resolução TJ n. 02/2021, os autos foram remetidos ao 3º Juízo da Unidade Regional de Direito Bancário da comarca de Florianópolis (Autos supramencionados, Evento 12, Eproc 1).

Seguiu-se a suscitação do conflito negativo de competência, por parte do Juízo Bancário, à luz dos seguintes argumentos:

"A discussão versa sobre hipótese de dano moral, decorrente da inexistência de débito supostamente quitado, não se revelando este juízo competente para a sua análise (...) O egrégio Tribunal de Justiça, de igual modo, em mais de uma oportunidade, afastou a competência de Varas de Direito Bancário em ações nas quais se buscava indenização em razão de ilícito praticado, mesmo envolvendo instituição financeira: 'CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA INSTAURADO ENTRE OS JUÍZOS DA 1ª VARA DE DIREITO BANCÁRIO (SUSCITANTE) E 4ª VARA CÍVEL (SUSCITADO), AMBAS DA COMARCA DA CAPITAL. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS. DEMANDA TIPICAMENTE CIVIL, PORQUANTO EMBORA A QUESTÃO ESTEJA RELACIONADA COM CONTRATO BANCÁRIO, AUSENTE INCURSÃO EM MATÉRIA DESSA NATUREZA. CAUSA DE PEDIR ATRELADA AO EXAME DE EVENTUAL RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT