Acórdão Nº 5035981-64.2020.8.24.0000 do Segunda Câmara de Direito Comercial, 09-02-2021

Número do processo5035981-64.2020.8.24.0000
Data09 Fevereiro 2021
Tribunal de OrigemTribunal de Justiça de Santa Catarina
ÓrgãoSegunda Câmara de Direito Comercial
Classe processualAgravo de Instrumento
Tipo de documentoAcórdão










Agravo de Instrumento Nº 5035981-64.2020.8.24.0000/SC



RELATOR: Desembargador ALTAMIRO DE OLIVEIRA


AGRAVANTE: MARIA IVONE SOARES DA ROSA DUARTE ADVOGADO: FRANCHESCO JOSE MALLMANN (OAB PR092999) AGRAVADO: BANCO BMG SA


RELATÓRIO


Maria Ivone Soares da Rosa Duarte interpôs o presente agravo de instrumento contra a decisão proferida pelo Juízo da Vara Única da comarca de Dionísio Cerqueira que, nos autos da "Ação de Nulidade de Contrato c/c Indenização por Danos Morais e Materiais, Devolução em Dobro por Cobrança Indevida" n. 5001754-94.2020.8.24.0017, indeferiu o pedido de gratuidade judiciária e determinou o recolhimento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção da demanda.
Irresignada, a agravante sustenta que a decisão não pode subsistir pois não possui condições financeiras de arcar com as despesas do processo sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Afirma, ainda, que acostou aos autos toda a documentação apta a demonstrar a sua incapacidade financeira, motivo pelo qual deve ser concedida a benesse.
Em juízo de admissibilidade (evento 3), o pedido de antecipação da tutela recursal foi deferido e, após intimada, a parte adversa apresentou não contrarrazões (evento 14)

VOTO


Trata-se de agravo de instrumento interposto por Maria Ivone Soares da Rosa Duarte contra a decisão proferida pelo Juízo da Vara Única da comarca de Dionísio Cerqueira que, nos autos da "Ação de Nulidade de Contrato c/c Indenização por Danos Morais e Materiais, Devolução em Dobro por Cobrança Indevida" n. 5001754-94.2020.8.24.0017, indeferiu o pedido de gratuidade judiciária e determinou o recolhimento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção da demanda.
A agravante sustenta, em suas razões recursais, que a decisão não pode subsistir, pois a simples afirmação de que não possui, no momento, condições de arcar com as despesas processuais, sem comprometer o próprio sustento e de sua família, é suficiente para a concessão da benesse. Afirma, ainda, que acostou aos autos toda a documentação apta a demonstrar sua incapacidade financeira, motivo pelo qual deve ser deferida a justiça gratuita.
Quanto à concessão da benesse da gratuidade da justiça, a Constituição Federal prevê, em seu artigo 5º, inciso LXXIV que: "o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos".
Por sua vez, o Código de Processo Civil de 2015 dispõe, em seu artigo 98, caput, que: "A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT