Avanço da covid-19 pressiona leitos de UTI no Sul e Centro-Oeste

O avanço da covid-19 nos Estados do Sul e Centro-Oeste do país começa a pressionar a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes graves com o novo coronavírus nessas regiões. Ao todo, dez capitais registraram um índice acima de 80%.

Os piores cenários foram registrados em Cuiabá, Florianópolis, Curitiba e Natal, com índices acima de 90%. Porto Alegre, Goiânia, Vitória, Belo Horizonte, Aracaju e Rio Branco completam o rol das capitais com situação crítica.

Das dez capitais com maior taxa de ocupação de vagas de UTI, quatro chegaram a abrir parte das atividades econômicas e tiveram que voltar atrás diante ao avanço da covid-19, caso de Cuiabá, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis.

A ocupação de leitos no Sul e no Centro-Oeste reforçam a percepção de que as regiões podem virar epicentro da covid-19. Um estudo na Universidade Federal do Paraná (UFPR) mostra que a taxa de transmissibilidade da doença está em ascensão nas duas regiões desde junho.

Em Porto Alegre, a ocupação das UTIs chegou a 85,7%. O número de pacientes internados em terapia intensiva cresceu de 138 para 219 entre 30 de junho e 13 de julho.

O prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) disse na última segunda (13), durante inauguração de novos leitos, que o avanço das internações acompanha o ritmo de aumento de leitos, o que só é possível com a pandemia sob controle. A prefeitura tem a meta de manter o isolamento social em 55%.

"Decidir sobre restrições é muito difícil. Causa muita angústia, muitas dúvidas. Não tem escolha boa, não tem decisão certa. Tem aquelas que são necessárias e indispensáveis. A nossa opção sempre será pela vida", disse o prefeito.

Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mostra que o pico da covid-19 em Porto Alegre deve ser no final de agosto, quando 300 pessoas devem estar internadas em UTI e 200, precisando de respiradores.

Em Santa Catarina, o aumento de casos fez o governador Carlos Moisés (PSL) reforçar a orientação para o isolamento social. Em Florianópolis, a ocupação chegou a 92,7%.

O governo catarinense afirmou nesta terça que habilitará 50 novos leitos na capital. Com o cenário de colapso em Florianópolis, o secretário estadual de saúde admitiu a possibilidade de deslocar pacientes para o interior.

O cenário é semelhante em Curitiba, onde a pressão sobre o sistema de saúde vem crescendo há três semanas. Mesmo com aumento de 42 novas UTIs, a capital paranaense registrou uma ocupação de 91% dos leitos...

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