Aversão a risco global faz dólar chegar a R$ 4,50

Valorização da moeda americana se dá em linha com o desempenho observado em outros mercados emergentes Os mercados globais continuam reagindo fortemente ao risco de pandemia do coronavírus no pregão desta quinta-feira. A forte volatilidade dos preços levou o dólar no Brasil a superar brevemente a marca dos R$ 4,50 mais cedo, mas a moeda se acomodou desde então e era negociada a R$ 4,4691 por volta das 13h50, alta de 0,64%.

O movimento da manhã ocorreu apesar do leilão de swaps do Banco Central, que proveu o equivalente a US$ 1 bilhão no mercado de derivativos, complementando a oferta de US$ 500 milhões de ontem.

"O leilão do BC é mais para dar um segurada no movimento de alta do câmbio que reverter ele", diz Victor Beyruti, economista da Guide. "A questão é que o exterior está muito ruim, os juros dos Treasuries estão nas mínimas. Até a gente ver algum alívio à frente, o câmbio e a bolsa brasileira vão continuar pressionados", acrescenta.

O real chegou a ser a segunda divisa de pior desempenho contra o dólar no dia, atrás apenas do peso colombiano (-1,66%), mas diminuiu as perdas relativas e agora estava um pouco melhor que o rublo russo (-1,19%) e rand sul-africano (-0,98%).

Apesar de relativamente comedida, a escalada da taxa de câmbio mantém no radar a possibilidade de uma nova intervenção do Banco Central. No entanto, para um profissional de tesouraria que prefere não ser identificado, é preciso verificar se a moeda brasileira apresenta sinais de disfuncionalidade.

"Não tem porque intervir sempre se o mundo todo está piorando também", diz o profissional, lembrando que, no acumulado da semana, o real não destoa dos pares...

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