Bioética e as redes sociais

AutorThamires Cappello
Páginas235-248
BioÉTiCA 235
CAPÍTULO 15 - BIOÉTICA E AS REDES SOCIAIS
Thamires Cappello
INTRODUÇÃO
As relações sociais, comerciais, político-econômicas, prof‌issionais e,
até religiosas se apresentam na sociedade atual diante do fenômeno da
virtualização, composto por uma interconectividade de caráter imedia-
to e, muitas vezes, irreversível.
Não há mais espaço para discussões sobre a ocorrência do fenômeno
da virtualização, uma vez que este já é inerente ao momento histórico
atual. Fruto de uma construção iniciada desde o advento da internet,
consolidou-se, ainda mais, após o distanciamento físico imposto pela
pandemia COVID19, vivenciada nos anos de 2019 a 2021, momento
em que muitos setores foram reinventados para proporcionarem acesso
virtual à serviços, produtos, bens e lazer.
As relações sociais possuem destaque no processo de virtualização,
pois com elas há a criação de uma sociedade em rede, capaz de propor-
cionar diversas conexões de variadas naturezas.
Com isso, as redes sociais podem ser conceituadas como um local
virtual, no qual indivíduos, grupos e empresas podem criar perf‌is pú-
blicos ou privados e neles compartilhar e consumir diversos conteúdos
de acordo com interesses ou públicos específ‌icos.
Todavia, não se trata de algo atual. Em 1968, em estudo publica-
do por Joseph Carl Robnett Lickli e Robert W. Taylor, sob o título “O
Computador como dispositivo de comunicação” foi profetizado que
em breve não haveria mais a necessidade de envio de telegramas e
as pessoas poderiam ser conectar por interesses em comum. Naquela
época, já nascia a internet e a conexão por redes. (KIRKPATRICK, 2011)
A internet teve suas origens na década de 60, com a criação do sis-
tema Arpanet, pela (ARPA) nos Estados Unidos da América (CASTELS,

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