Bolsonaro diz que Brasil se alia a “qualquer país” contra terrorismo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que posição do governo federal é aliar-se a “qualquer país do mundo” no combate ao terrorismo, ao ser questionado sobre a postura do Brasil em relação aos ataques dos Estados Unidos ao Irã.

Em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band, ele disse preferir não revelar se conversou com o presidente americano, Donald Trump, após os ataques.

Bolsonaro ainda afirmou que o general iraniano Qassem Soleimani, morto por drones americanos em Bagdá, no Iraque, era uma pessoa “envolvida em ataques terroristas”.

“Somos favoráveis a qualquer medida que combata o terrorismo no mundo”, disse o presidente. “Temos que medir bastante as nossas palavras sobre conflito entre Estados Unidos e Irã. Queremos paz. Nossa linha é pacífica. Não temos força nuclear [para entrar em um conflito]”, acrescentou.

O presidente também afirmou que “China e Rússia fizeram movimentos táticos ao desaprovar a ação dos Estados Unidos, visando a economia”.

Ele disse que haverá uma reunião de integrantes do governo na segunda-feira para monitorar o impacto da ação nos preços dos combustíveis e a possibilidade de esse impacto durar mais dias do que o previsto.

De acordo com Bolsonaro, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse a ele que “o pico de aumento” do preço do petróleo não deve perdurar e que, “em pouco tempo, isso vai se acomodar”.

Ele rejeitou a suspeita de que a ação dos EUA, ordenada por Trump, tenha relação com a campanha do presidente americano à reeleição nas eleições do fim do ano.

Para Bolsonaro, uma eventual retaliação iraniana contra os EUA pelo ataque em Bagdá seria um gesto “suicida”. “Irã está se distanciando. Países que dão guarida a terroristas se isolam”, disse.

O presidente também usou a entrevista ao apresentador José Luiz Datena para se defender de críticas de apoiadores por suas decisões na sanção do chamado “projeto anticrime”. “Fui no meu limite. Não posso governar de costas para o Congresso”, disse.

Ele se referia à escolha de vetos da proposta e liberação de outros itens, como a criação da figura do juiz de garantias. “O mundo caiu na minha cabeça”, afirmou, lembrando que apoiadores que queriam veto à proposta ameaçaram não votar mais nele.

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