Brasileiros escreveram 6 mil cartas a Lula só neste ano

Mesmo com o surgimento das mídias sociais, muitos brasileiros ainda recorrem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio de cartas para fazer, especialmente, pedidos que vão desde um mero telefonema até liberação de aposentadorias ou de cirurgia. Somente neste ano, foram enviadas ao Palácio do Planalto mais seis mil cartas e quase 20 mil e-mails, segundo dados repassados ao Valor pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República.O número é extremamente baixo em relação há 20 anos, mas reflete a realidade de muitos cidadãos que ainda apostam em um contato direto com o presidente para resolver problemas que consideram quase impossíveis.Em 2003, Lula recebeu havia recebido 57.777 cartas e 34.120 e-mails. Considerando todos os pedidos feitos, seja por carta ou e-mail, as principais demandas estão relacionadas à comunicação, à justiça, à proteção social, à previdência social e à administração pública.Neste ano, os pedidos mais frequentes se referiam à proteção social, à previdência social, ao trabalho e à justiça. Pelas informações da Secom, todas as correspondências recebidas são respondidas e direcionadas para o ministérios e áreas pertinentes.Por exemplo, um agricultor rural de 60 anos, que é natural de Porteiras, cidade no interior do Ceará, enviou uma carta ao presidente para agilizar a concessão de sua tão esperada aposentadoria. "Não é demagogia, não é golpe, é desespero de um direito que me foi tirado como se eu fosse um marginal ou outra coisa", escreveu o agricultor conforme carta que repassada ao Valor pela Secom, sem indicação do remetente. Na resposta, a equipe de Lula informou que a demanda seria encaminhada ao o Ministério da Previdência. O município de Porteiras tinha em 2022 cerca de 17 mil habitantes.Já um aposentado amazonense de 77 anos pediu, por carta, uma cirurgia no SUS (Sistema Único de Saúde) para resolver um problema em sua "vista". "Há mais de dois anos venho lutando e sofrendo com o problema de minha vista, estou praticamente cego", conta o idoso, ressaltando o gasto elevado com remédios para outras...

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