Braskem negocia com seguradoras uso de apólice de US$ 300 milhões por problema em Alagoas

A Braskem segue negociando com companhias seguradoras a utilização de uma apólice de US$ 300 milhões para cobrir os gastos decorrentes do problema geológico em Alagoas, mas tem liquidez suficiente para cobrir os compromissos financeiros dos próximos 84 meses, disse a diretora de relações com investidores da companhia, Rosana Avolio, nesta quinta-feira.

Em teleconferência com analistas para comentar os resultados do quarto trimestre, a executiva comentou que a Braskem encerrou 2020 com liquidez de US$ 2,9 bilhões, sem considerar uma linha stand-by de US$ 1 bilhão. Ao longo deste ano, a Braskem pretende monetizar R$ 1 bilhão em créditos de PIS e Cofins, reforçando sua posição de liquidez, reiterou Rosana.

A executiva destacou que a companhia cumpriu uma série de medidas com vistas à redução da alavancagem financeira, com meta de alcançar um índice de 2,5 vezes (pela relação entre dívida líquida e Ebitda) e tem mostrado para as agências de rating que esse movimento está acelerado. Num cenário conservador, acrescentou, a Braskem poderia recuperar a nota grau de investimento no segundo semestre.

A retomada da produção de cloro-soda e dicloroetano (EDC) em Maceió, em fevereiro, possibilitou à Braskem voltar a operar de forma integrada na cadeia de PVC e representará um aumento de US$ 125 por tonelada no spread da resina, segundo Rosana Avolio.

Essas margens vinham pressionadas pela necessidade de usar produto de terceiros para produção de PVC em Alagoas. Conforme a executiva, consultorias de mercado têm apontado que os spreads de resinas devem se manter saudáveis em todas as regiões, com níveis superiores aos vistos em 2017 no caso do polietileno.

Especificamente no polipropileno, explicou, a ausência de oferta adicional nos Estados Unidos e a demanda forte também devem sustentar spreads positivos em particular naquele mercado. A expectativa também é positiva para os mercados brasileiro e europeu.

Em relação às expectativas para o primeiro trimestre de 2021, frente ao quarto trimestre de 2020, a taxa de operação nas centrais brasileiras deve ser similar à vista no quarto trimestre, assim como o volume de vendas, “com maior direcionamento de produção ao mercado doméstico”, segundo a executiva. “Adicionalmente, esperamos spreads positivos para todas a resinas”, comentou.

A onda de frio, que afetou as operações da companhia nos Estados Unidos, deve repercutir nas taxas de operação no trimestre e nas vendas em volume, embora os spreads do...

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