Cade aprova compra da Linx pela Stone

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira a compra da Linx pela Stone. A operação de R$ 6,7 bilhões aconteceu no fim do ano passado, depois de um processo com muitas idas e vindas. Os conselheiros do tribunal seguiram o entendimento da Superintendência-Geral do Cade (SG) a favor da autorização da compra. Em parecer, a SG não observou restrições para a operação, nem viu ameaça para a concorrência ou possível concentração de mercado.

A operação seria julgada na última semana de maio, mas foi adiada porque o relator, conselheiro Sérgio Ravagnani, pediu mais tempo para terminar a avaliação. Já na sessão desta quarta, o relator concordou com o parecer da SG de que a operação não teria a capacidade de diminuir a competitividade no mercado.

“Mantem-se a conclusão da SG acerca de inexistência de capacidade por parte das requerentes de impor estratégias de fechamento de mercado, especialmente diante da comprovada existência da rivalidade no mercado de software de gestão empresarial, o qual seria utlilizado como alavanca para práticas anticompetitivas, bem como da disposição comprovada, junto de clientes oficiados, de abandonar fornecedor de software que impor dificuldades recorrentes de integração com adquirência”, disse o relator.

A Linx é uma empresa desenvolvedora de software de gestão para o varejo e a Stone oferece serviços de pagamento, como maquininhas de cartão. Concorrentes de ambas pediram para se manifestar no processo contra a operação, argumentando que a atuação conjunta das empresas poderia ferir a concorrência no mercado.

A Cielo, concorrente direta da Stone no mercado de maquininhas, argumentou que a Stone poderia utilizar a posição dominante no mercado de software da Linx para “alavancar” as suas operações na disputa entre as maquininhas. Além disso, a Stone poderia acessar “informações sensíveis” de seus concorrentes.

“De acordo com a Cielo, caso a presente operação seja aprovada, serão agravadas as já elevadas barreiras à entrada de concorrentes no mercado de softwares de gestão, bem como a venda cruzada com serviços de adquirência”, aponta o parecer do Cade.

Para a Totvs, concorrente da Linx no mercado de softwares para empresas, a operação aumentaria as barreiras de entrada do mercado para novas empresas e causaria prejuízos às concorrentes que já atuam no mesmo campo. “De acordo com a Totvs, a presente operação poderá criar incentivos para que as requerentes prejudiquem as concorrentes e as...

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