Carta manuscrita de Alceu Amoroso Lima (a propósito de A rebelião das mal-amadas)

AutorLetícia Malard
Ocupação do AutorProfessora emérita da UFMG. Possui licenciatura em Letras Neolatinas e doutorado em Literatura Brasileira, também pela UFMG
Páginas91-93
91
Carta manuscrita de Alceu Amoroso Lima
(a propósito de A rebelião das mal-amadas)
Belo Horizonte, 11 de dezembro de 1981.
Meu caro Lindolfo Paoliello.
Não quis adiar o prazer de lê-lo. E aproveitei logo alguns
lazeres destes escassos dias em que retomo ares puros (ou tem-
pestuosos) nesta minha caríssima terra mineira para tomar co-
nhecimento com um futuro ás de nossas letras. Não direi que
você começa pelo m e que suas “mal-amadas” sejam daquelas
que mandavam ores ao Carlos Lacerda (a quem você, mesmo
sem ser dos seus, como me disse pessoalmente, faz no livro
uma rápida menção simpática). Ou que, “sous un coup d’essai
ce sait un coup de maitre”. Mas se trata de um começo. Trata-se
também de uma promessa que certamente o levará aos basti-
dores do procênio. Você tem cultura (como mostra, por exem-
plo, o seu ser e estar. De Fernando Pessoa ao Eduardo Portella
[ilegível, no original] na deliciosa crônica sobre homeopatia
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