Clima Econômico da América Latina melhora e se aproxima da zona favorável, aponta FGV

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina, da Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou pelo quinto trimestre consecutivo, alcançando 99,7 pontos entre o segundo e o terceiro de 2021, o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2018 (101,5 pontos) e se aproximando da zona de neutralidade dos 100 pontos.

O ICE é a média geométrica entre o Indicador da Situação Atual (ISA) e o Indicador de Expectativas (IE). O ISA subiu 30,9 pontos, ao passar de 28,2 para 59,1 pontos, mas continua em nível historicamente baixo. O IE recuou 5,4 pontos, para 150,6 pontos, e permanece em patamar otimista.

O fraco desempenho do ICE vem sendo influenciado mais pela dificuldade de recuperação da situação atual desde o terceiro trimestre de 2012, já que nas expectativas, as perspectivas vêm se mantendo em zona favorável desde o terceiro trimestre de 2016, à exceção do segundo trimestre de 2020.

Segundo a FGV, os especialistas estão otimistas com as perspectivas econômicas da região no segundo semestre, mas seguem na linha de avaliações desfavoráveis em relação à situação atual que marcaram os nove últimos anos.

É possível supor que o pequeno recuo no IE esteja associado com incertezas sobre os efeitos das novas cepas da Covid. Ao mesmo tempo, a melhora no ISA, embora ainda insuficiente para a região entrar na zona favorável pode ser explicada pelo cenário internacional mais favorável e o avanço da imunização da população na região, ainda que irregular, destaca a entidade.

Todos os países registraram melhora no ICE, sendo que o Brasil lidera a lista da maior variação do ICE, com 34,3 pontos. Essa melhora foi puxada pelo aumento no ISA em 51,6 pontos, já que o IE recuou 5,5 pontos. O maior ICE é o do Paraguai, seguido do Brasil, Chile, Peru e Colômbia, todos na zona favorável do índice. Os outros países têm indicadores abaixo de 100 e o menor é da Argentina, de 60,3 pontos.

Apesar do avanço de todos os países na avaliação da situação atual, todos permanecem na zona desfavorável. O Brasil é o primeiro colocado na lista das maiores variações positivas do ISA, com 51,6 pontos, seguidos por Chile e Peru com variações acima de 40 pontos. O maior ISA foi do Paraguai (90,0 pontos) e o menor do Uruguai, com 11,1 pontos.

Todos os países estão na zona favorável das expectativas, exceto a Bolívia, que está na fronteira. O maior IE é do Uruguai (188,9 pontos), seguido pelo Brasil (176,9 pontos).

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