Conclusão

AutorMônia Medeiros Lasmar
Páginas147-152
147
4. CONCLUSÃO
Verif‌icou-se, ao longo deste trabalho, que a Bancada Evangélica
promove inf‌luência direta na política realizada no Congresso
Nacional, por vezes aprovando ou impedindo a aprovação de
leis, utilizando-se de objetivos e fundamentações, na maioria das
vezes, bíblicas. No entanto, conforme demonstrado, essa discus-
são não suporta uma visão maniqueísta, uma vez que não existe
o lado correto e o incorreto. O ser humano, ainda que político,
é dotado de opiniões pessoais e conceitos morais, dos quais não
pode simplesmente se desfazer ao exercer a sua prof‌issão.
Conforme preceitua Willaime:
Os progressismos, como os integralismos, reúnem, assim, pro-
fundamente, religiões e política. Tais laços não são, contudo,
o privilégio de extremismos religiosos. Os laços estabelecidos
ente o religioso e o político foram, e ainda são, frequentemente
muito fortes. O poder foi, por muito tempo, efetivamente,
investido de uma legitimação sagrada e a autonomização do
político com relação a qualquer tutela religiosa que se observa
no Ocidente é o resultado de um longo processo histórico: a
emancipação do político em relação ao religioso não foi feita
em um dia e, muitas vezes, traduziu ressacralizações seculares.
Em contrapartida, se o político pôde se fazer religião, a religião
pôde, também, se fazer política, seja de um modo pacif‌ista ao

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