Creditas capta mais US$ 50 milhões e compra licença do Andbank no Brasil

A Creditas anunciou uma extensão da sua rodada série F, feita em janeiro, captando agora mais US$ 50 milhões. Com isso, o volume total do aporte subiu para US$ 310 milhões. Passados seis meses, o valuation da companhia se manteve inalterado em US$ 4,8 bilhões, o que pode ser considerado muito bom, considerando a queda das ações de empresas ligadas à tecnologia no período.

A extensão foi liderada pelo Andbank, de Andorra, e marca uma ampla parceria entre a Creditas e a unidade brasileira do grupo. A fintech está comprando a licença bancária do Andbank no Brasil, que agora passará a atuar no País somente como corretora e gestora (DTVM). A operação, avaliada em aproximadamente R$ 500 milhões, está sujeita à aprovação das autoridades competentes, incluindo o Banco Central do Brasil (BCB), a Autoritat Financera Andorrana (AFA) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A transação permitirá que o Andbank compre empréstimos da Creditas. A união das capacidades da Creditas em originação de crédito com a habilidade do Andbank de ter acesso a investidores proporcionará a ambas as empresas melhores economias e novas avenidas de crescimento. O acordo também inclui a possibilidade de que a Creditas seja uma acionista minoritária do negócio de private banking do Andbank no Brasil. As companhias não dão detalhes sobre esse ponto, dizendo apenas que a Creditas tem um ano para decidir se exerce essa opção.

Além da extensão de US$ 50 milhões na série F, a Creditas está emitindo um título conversível de US$ 150 milhões, subscrito pelo Andbank e outros credores. A eventual conversão está relacionada a um evento de liquidez, normalmente uma operação de fusão e aquisição (M&A) ou uma oferta pública inicial de ações (IPO).

O fundador e CEO da Creditas, o espanhol Sergio Furio, ressalta que, apesar de estar comprando uma licença bancária, a fintech não vai se tornar um banco. A ideia não é oferecer conta no varejo ou outros tipos de produtos, mas sim aproveitar oportunidades mais vantajosas de funding. “Vai ser um banco de depósito, emitindo CDB, LCI. É um complemento à nossa estratégia nos mercados de capitais. Se este ano temos uma carteira de quase R$ 5 bilhões, no fim do próximo ano podemos ter R$ 10 bilhões, e cerca de R$ 2 bilhões estariam dentro do balanço do banco”, explica.

Carlos Aso, CEO do Andbank Global, diz que o grupo está totalmente comprometido com a criação de valor para a Creditas, usando sua expertise no mercado bancário...

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