Crescimento do déficit nominal em 12 meses se deve à alta do primário, diz Rocha

O crescimento do déficit nominal acumulado em 12 meses se deve "exclusivamente" à alta do déficit primário, já que as despesas com juros estão "bastante" estáveis, afirmou nesta segunda-feira o chefe do departamento de estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha.

"Isso (alta do déficit primário) fez a diferença no resultado nominal", disse em entrevista coletiva.

O déficit nominal em 12 meses até outubro alcançou R$ 1,011 trilhão, o equivalente a 13,95% do PIB. Em setembro, estava em 13,73% do PIB. Esta foi a primeira vez que a cifra ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão em toda a série histórica do BC, com início em novembro de 2002.

Rocha lembrou que o déficit primário já vem crescendo desde o início da pandemia, em função de fatores como gastos extraordinários, adiamento no pagamento de impostos e menor arrecadação em função da queda da atividade econômica.

Por isso, a perspectiva nos últimos meses de crescimento do déficit nominal acumulado em 12 meses "já era clara" e "bastante previsível", de acordo com ele. O chefe do departamento de estatísticas do BC lembrou que "todas as autoridades" viam o aumento dos gastos como uma "necessidade clara" causada pela pandemia, mas alertou para a necessidade de "retomar a trajetória de consolidação fiscal".

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