Dados provam que Bolsonaro entrega mais desmatamento, afirma Izabella Teixeira

Os dados de abril revelados pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na manhã desta sexta-feira mostram que as políticas adotadas pelo governo federal para o enfrentamento do desmatamento e do crime ambiental no Brasil se revelam absolutamente “insuficientes e ineficientes”, diz a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira.

“A consequência disso é mais perda de floresta. O povo brasileiro perde o seu patrimônio público e quem ganha com isso são os criminosos”, ela afirma. “O Brasil trilha um caminho muito sensível em torno à sua credibilidade internacional.”

Segundo ela, “não adianta ficar fazendo declarações com intenções políticas para a comunidade internacional e para os brasileiros se não há vontade política de enfrentamento real do crime ambiental no Brasil,” continua a ex-ministra do governo Dilma Rousseff.

Na avaliação de Izabella, “há práticas concretas de fragilização progressiva das instituições ambientais e dos instrumentos de políticas públicas para enfrentar o crime ambiental”. Ela segue: “Não adianta achar que o mundo vai acreditar em declarações que se revelam apenas intenções políticas sem ações concretas nesta direção.”

Segundo ela, “está aí mais uma vez a comprovação de que o governo [do presidente Jair] Bolsonaro faz é entregar desmatamento e não redução”.

Para a ex-ministra, há sinais fortes de que a taxa de desmatamento crescerá novamente neste ano. “Espero que possam observar isso de fato e agir imediatamente para a reversão do desmatamento. Imediatamente. Não é a Amazônia só que perde, é o Brasil.”

“O crescimento do desmatamento de um ano ruim para um pior caracteriza descontrole”, diz Pedro de Camargo Neto, produtor rural, ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e ex-secretário de produção e comércio do Ministério da Agricultura no governo Fernando Henrique Cardoso.

“O desmatamento ilegal precisa ser combatido. Como brasileiro, quero viver em um país onde a lei é cumprida. E não porque existe pressão estrangeira, o que vejo como colonialismo”, acrescenta Camargo Neto.

“Infelizmente, já era esperado”, diz Rodrigo Agostinho, deputado federal e presidente da...

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