Decisão Monocrática Nº 0300724-31.2014.8.24.0022 do Segunda Vice-Presidência, 20-11-2020

Número do processo0300724-31.2014.8.24.0022
Data20 Novembro 2020
Tribunal de OrigemCuritibanos
ÓrgãoSegunda Vice-Presidência
Classe processualRecurso Especial
Tipo de documentoDecisão Monocrática



ESTADO DE SANTA CATARINA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA


Recurso Especial n. 0300724-31.2014.8.24.0022/50001, de Curitibanos

Recorrente : Edimar Pissolato Cruz
Advogado : Mario Cesar Penteado (OAB: 10947/SC)
Recorrido : Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
Procurador Fed : Helder da Luz Brasil (Procurador Federal) (OAB: 13016/PB)

DECISÃO MONOCRÁTICA

Edimar Pissolato Cruz, com fulcro no art. 105, III, "a", da Constituição da República, interpôs Recurso Especial contra os acórdãos da Terceira Câmara de Direito Público, que, por unanimidade: a) deu parcial provimento à sua Apelação (fls. 301-313 do processo digital); e b) rejeitou os seus Embargos de Declaração (fls. 13-18 do incidente 50001).

Em síntese, alegou violação aos arts. 2º e 9º, ambos da Lei 6.364/76 e 86, § 2º, da Lei 8.213/91 (fls. 01-11 do incidente 50001).

Sem contrarrazões (fl. 15 do mesmo incidente), vieram os autos conclusos à 2ª Vice-Presidência.

É o relatório.

De plano, adianta-se que o Recurso Especial reúne condições de ascender à Corte de destino.

Sustenta a recorrente que os acórdãos impugnados violaram os arts. 9º da Lei 6.364/76 e 86, § 2º, da Lei 8.213/91, na medida em que concederam-lhe o benefício de auxílio-suplementar, no percentual de 20% (vinte por cento) sobre o salário-de-contribuição, e fixaram a data da realização da perícia judicial como termo inicial para o seu recebimento.

Defende, dentre outras teses, que o termo inicial do auxílio-suplementar deve ser a data seguinte ao dia da cessação do auxílio-doença.

Em linha de princípio, a Terceira Câmara de Direito Público, amparada no exame do acervo probatório, assentou que: 1) o acidente de trabalho ocorreu em 1984 e a norma vigente à época era a Lei 6.367/76; 2) o laudo pericial e os outros documentos médicos confirmam a existência de lesão consolidada e irrecuperável (perda total da visão do olho direito), bem como sequelas; 3) é imperiosa a concessão do auxílio-suplementar, no percentual de 20% (vinte por cento) do salário-de-contribuição; 4) o termo inicial é a data da realização do laudo pericial, malgrado a percepção prévia de auxílio-doença, pois a autarquia só teve ciência das reais condições da recorrente quando da realização da perícia judicial. Tudo isso, conforme pode ser conferido do acórdão da Apelação, às fls. 301-310 do processo digital.

Pois bem. Ao decidir que, embora a recorrente...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT