Decisão Monocrática Nº 0301081-31.2014.8.24.0080 do Terceira Câmara de Direito Público, 19-06-2019

Número do processo0301081-31.2014.8.24.0080
Data19 Junho 2019
Tribunal de OrigemXanxerê
ÓrgãoTerceira Câmara de Direito Público
Classe processualApelação Cível
Tipo de documentoDecisão Monocrática



ESTADO DE SANTA CATARINA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA


Apelação Cível n. 0301081-31.2014.8.24.0080, de Xanxerê

Apelante: João Carlos Scanagatta
Advogada: Gislaine Maria Biondo (OAB: 26237/SC)
Apelado: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
Procurador Federal: Helder da Luz Brasil (Procurador Federal) (OAB: 13016/PB)
Relator: Desembargador Ronei Danielli

DECISÃO MONOCRÁTICA TERMINATIVA

João Carlos Scanagatta propôs ação acidentária em face do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, visando à concessão de auxílio-acidente, auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.

Aduziu, em síntese, encontrar-se acometido de doenças ocupacionais na região da coluna, afetando sua capacidade profissional.

Citado, o requerido afirmou inexistir limitação para o trabalho, sendo incabíveis as benesses postuladas.

Realizada perícia médica (fls. 76/78), a magistrada Lizandra Pinto de Souza julgou improcedentes os pedidos, condenando o autor nas custas processuais e honorários sucumbenciais, estes fixados em 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, suspensa a exigibilidade por força da justiça gratuita.

Irresignado, o vencido interpôs apelação, alegando que os documentos por si juntados ao processo demonstrariam sua inaptidão laborativa, sendo-lhe devido auxílio-doença ou auxílio-acidente. Argumentou, subsidiariamente, ter sido incompleto o laudo técnico, devendo ser realizada nova perícia ou prestados esclarecimentos pelo expert.

Apresentadas contrarrazões, os autos ascenderam a esta Egrégia Corte de Justiça.

A douta Procuradoria-Geral de Justiça, em manifestação da ilustre Dra. Eliana Volcato Nunes, informou inexistir razão que justificasse a intervenção do Ministério Público no feito.

Esse é o relatório.

Consoante preconiza o art. 86, caput, da Lei n. 8.213/91, o auxílio-acidente é devido ao segurado que, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de trabalho, permaneça com sequelas definitivas e irreversíveis capazes de reduzir sua aptidão para o labor habitual.

Nesse passo, inferem-se 2 (dois) requisitos para a implementação do benefício: (I) comprovação do nexo de causalidade entre a atividade desempenhada e a lesão; (II) redução parcial e permanente da capacidade do segurado para o trabalho (REsp n. 1108298/SC, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, julgado pelo rito dos repetitivos em 12.05.2010).

O auxílio-doença, por seu turno, é devido quando o segurado...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT