Decisão Monocrática Nº 0701529-11.2011.8.24.0090 do Primeira Turma de Recursos - Capital, 12-02-2014

Número do processo0701529-11.2011.8.24.0090
Data12 Fevereiro 2014
Tribunal de OrigemCapital - Norte da Ilha
Classe processualRecurso Inominado
Tipo de documentoDecisão Monocrática



Primeira Turma de Recursos - Capital

Vânia Petermann


Recurso Inominado n. 0701529-11.2011.8.24.0090

Recorrente : Banco Santander
Advogado : Filipe Weimer Aguiar (OAB: 28069/SC)
Advogado : Alexandre Nelson Ferraz (OAB: 30890/PR)
Advogado : Márcio Rubens Passold (OAB: 12826/SC)
Recorrida : Ana Gladis Saldanha Vezzosi Dinate
Advogado : José Carlos F. da Silva Júnior (OAB: 23.645/SC)

Relator (a): Vânia Petermann

DECISÃO MONOCRÁTICA

Conforme determina o artigo 557, caput e parágrafos, do CPC, e o artigo 21, inciso XIV, do Regimento Interno das Turmas de Recursos Cíveis e Criminais dos Juizados Especiais do Estado de Santa Catarina - Resolução n. 04/07 da CG, e Enunciados 102 e 103 do FONAJE, é admissível o julgamento monocrático quando a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou jurisprudência dominante.

A situação se verifica no caso. A matéria é pacífica nesta corte. Como referência destaco o julgamento, por esta turma, dos seguintes recursos inominados n. n. 2013.100700-5, n. 2013.100765-8, n. 2013.100773-7, n. 2013.100799-5, n. 2013.100918-8, n. 2013.100476-2, n. 2013.101844-5, n. 2013.100038-6, n. 2012.101439-9, n. 2012.100860-2, n. 2009.017291-3, n. 0701504-68.2012.8.24.0023, n. 0019976-03.2008.8.24.0023, n. 0039106-76.2008.8.24.0023, n. 2010.100487-3, n. 2009.100713-6. Todos no mesmo sentido. Logo, o entendimento pacificado nesta Turma de Recursos justifica o julgamento monocrático.

A tese recursal é manifestamente improcedente. A recorrente alega que a inscrição se deu em virtude de o recorrido ter pago os débitos de forma errônea.

Ocorre que os pagamentos do parcelamento em questão são feitos por intermédio de débito em conta gerenciada pela propria instituição credora.

Logo, qualquer erro de débito seria inputável a ela, exceto quando inexistente saldo ou crédito para o débito, fato este cuja ocorrência deveria ter sido comprovada pela recorrente.

Quanto à ocorrência do dano, é cediço nesta turma que, conforme entendimento também pacificado do Superior Tribunal de Justiça, "nos casos de inscrição indevida em cadastros de inadimplentes, os danos caracterizam-se in re ipsa, isto é, são presumidos, prescindem de prova" (Precedente: REsp n.º 1059663/MS, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJe de 17/12/2008)

Nesse norte, colaciono como referência o seguinte julgado:

RELAÇÃO DE CONSUMO. CANCELAMENTO DO SERVIÇO DE INTERNET...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT