Decisão Monocrática Nº 4000094-24.2019.8.24.9004 do Quarta Turma de Recursos - Criciúma, 26-11-2019

Número do processo4000094-24.2019.8.24.9004
Data26 Novembro 2019
Tribunal de OrigemBraco do Norte
Classe processualMandado de Segurança
Tipo de documentoDecisão Monocrática



ESTADO DE SANTA CATARINA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA

Quarta Turma de Recursos - Criciúma


ESTADO DE SANTA CATARINA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA

Quarta Turma de Recursos - Criciúma

Mandado de Segurança n. 4000094-24.2019.8.24.9004

Mandado de Segurança n. 4000094-24.2019.8.24.9004, de Braço do Norte

Relatora: Dra. Ana Lia Moura Lisboa Carneiro

DECISÃO MONOCRÁTICA TERMINATIVA

WALISSON MARTINS FERREIRA impetrou Mandado de Segurança contra decisão proferida pelo MM. Juiz de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de Braço do Norte, o qual condicionou o prosseguimento da demanda por si ajuizada ao pagamento das custas processuais de feito anteriormente proposto (autos n. 0003013-80.2013.8.24.0010), nos termos do art. 486, § 2º, do CPC.

Alega que o feito anteriormente ajuizado e extinto, encontra-se arquivado, bem assim que já restou inscrito no Sistema de Administração Tributária - SAT, sendo, desta forma, obstaculizado seu direito de livre acesso às vias jurisdicionais.

É o breve, mas necessário, relato.

Decido.

Consoante determina o artigo 5º, LXIX, da Constituição da República, "conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo", indicando o artigo 1º da Lei nº 12.016/09, que a concessão terá cabimento "sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade".

De acordo com a doutrina, direito líquido e certo é "aquele que pode ser demonstrado de plano mediante prova pré-constituída, sem a necessidade de dilação probatória. Trata-se de direito manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração". (LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 15ª Edição. São Paulo: Ed. Saraiva, 2011).

No caso em exame, não vislumbro violação a direito líquido e certo da parte a ensejar contornos pelo presente writ, pois a decisão proferida pelo juízo a quo atendeu ao disposto no art. 486, § 2º, do Código de Processo Civil, in verbis: "a petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado".

A propósito:

AÇÃO DECLARATÓRIA. QUERELA NULLITATIS INSANABILIS. EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO DO JUÍZO A QUO PARA QUE OS AUTORES, COMO PRESSUPOSTO DE CONSTITUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO, COMPROVASSEM O PAGAMENTO OU O DEPÓSITO DOS VALORES RELATIVOS A CUSTAS, HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E MULTAS INCIDENTES EM DEMANDAS ANTERIORMENTE AJUIZADAS. EXIGÊNCIA NÃO CUMPRIDA PELA PARTE. SENTENÇA TERMINATIVA. INSURGÊNCIA. INSUBSISTÊNCIA. EXEGESE DO ART. 486, CAPUT E § 2º, DO CPC PLENAMENTE APLICÁVEL. EQUIVALÊNCIA DE OBJETO E CAUSA DE PEDIR ENTRE AS DEMANDAS ANTERIORMENTE AJUIZADAS E A PRESENTE QUERELA, QUE BUSCAM, ESSENCIALMENTE, A DESCONSTITUIÇÃO DE AVALIAÇÃO JUDICIAL E A CONSEQUENTE ADJUDICAÇÃO DO BEM IMÓVEL SUB JUDICE. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO JUDICIÁRIO (ART. 5º, XXXV, DA CF). MANEJO DE 7 PROCEDIMENTOS, BASICAMENTE...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT