Diesel, gasolina e fertilizantes pressionam preços para indústria em março, diz IBGE

Os reflexos do comércio internacional nos preços de combustíveis, como diesel e gasolina, e de adubos, fertilizantes e herbicidas foram as principais pressões para a alta de preços para a indústria em março, medida pelo Indice de Preços ao Produtor (IPP). Segundo o gerente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e responsável pelo índice, Manuel Campos, esses foram os produtos com maior peso na alta dentro das atividades de refino de petróleo e biocombustíveis e de outros produtos químicos.

“O comércio internacional foi um dos principais responsáveis pelos preços dos produtos industriais no ano, como, por exemplo, óleo bruto de petróleo e fertilizantes, os quais afetam de forma quase direta os setores de refino e químico”, afirma.

O IPP, que mede a chamada inflação da porta de fábrica, sem impostos e fretes, ficou em 3,13% em março, a maior taxa desde março de 2021, quando foi de 4,63%, a segunda maior da série histórica, iniciada em janeiro de 2014.

Embora destaque que os informantes da pesquisa não citem a guerra na Ucrânia na pesquisa, apenas o aumento do custo, Manuel Campos admite o contexto internacional como principal razão para o movimento de preços industriais em março.

No caso de refino de petróleo e biocombustíveis, a alta foi de 10,84% em março. Desse total, 10,29 pontos percentuais vieram de apenas quatro produtos: óleo diesel, gasolina, óleos combustíveis (exceto diesel) e gás liquefeito de petróleo (GLP).

“Em 12 meses, a alta de refino é de 41,97%. É um valor que, apesar de elevado...

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