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Discussão com BNDES deve levar mais uma ou duas semanas, diz CEO da Gol

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Vincent

A Gol informou hoje que espera concluir em uma ou duas semanas as discussões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre a liberação de uma linha de crédito para a companhia. O BNDES discute com as empresas aéreas a criação de uma linha de crédito no total de R$ 10 bilhões para auxiliar o setor.

O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, disse que já foi definido que a linha de crédito terá cinco anos de vencimento para pagar, com amortização a partir do terceiro ano. A linha terá dois anos de carência para amortização do principal e carência de um ano para o pagamento dos juros.

O BNDES propôs oferecer o crédito no formato de debêntures conversíveis em ações, a serem emitidas pelas aéreas e subscritas pelo banco.

De acordo com Kakinoff, falta a definição da taxa de juros e o preço de referência das ações para os contratos. O banco quer usar como referência o preço atual das ações na bolsa, mas as empresas consideram mais justo considera o preço das ações antes da crise causada pela pandemia de covid-19.

“Enquanto não tivermos as duas variáveis fixadas é difícil fazer uma previsão quanto à viabilidade ao uso da linha. Acredito que temos mais uma ou duas semanas de trabalho para tentar concordar nos demais pontos”, afirmou Kakinoff.

O executivo acrescentou que a Gol tem liquidez financeira para aguardar a definição da nova linha de crédito. O executivo disse considerar, baseado no valor total do crédito e na participação de mercado da Gol, que a companhia poderia pegar crédito de aproximadamente R$ 3 bilhões.

A Gol rolou para 2022 o pagamento de R$ 156 milhões relativos à amortização de debêntures locais que venceriam neste trimestre. O vice-presidente financeiro da Gol, Richard Lark, acrescentou que, além dessa rolagem, a empresa renegocia prazos para pagamento de R$ 500 milhões em financiamento para capital de giro operacional, usado na manutenção de motores.

“As últimas semanas foram bastante estressantes. Nem todo mundo ajuda. Mas a maioria dos parceiros colaborou e conseguimos readequar a estrutura de capital para enfrentar os próximos 90 dias”, afirmou...

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