Dólar acumula alta em semana de ajustes e volta do fiscal ao foco

A euforia que marcou os mercados globais com a vitória de Joe Biden nos Estados Unidos e, na segunda-feira, notícias sobre a efetividade de uma vacina produzida pela Pfizer, deu lugar a uma semana de realização de lucros para o real e outros ativos de risco. No Brasil, esse movimento veio acompanhado da volta ao foco das discussões fiscais, que devem ser retomadas com mais força na próxima semana, após o primeiro turno das eleições municipais.

Nesta sexta-feira, a moeda americana chegou a operar em alta moderada mais cedo, de olho no possível retorno do ambiente pesado de incertezas que rondam o panorama das contas públicas no curto prazo. No entanto, uma melhora na margem do apetite por risco no exterior fez o ativo devolver os ganhos e fechar em queda marginal de 0,07%, a R$ 5,4736. Ainda assim, o dólar fechou a semana com ganho de 1,51%.

“O dólar voltou a perder força na semana, mas o real termina mais fraco. A abertura do spread entre os juros curtos e longos sugere que a alta do dólar vai junto com a deterioração da perspectiva de encaminhamento do orçamento de 2021, do teto de gastos e de reformas que abram espaço para cumpri-lo”, nota o banco Fator em relatório. “As manifestações do [ministro da Economia, Paulo] Guedes, sobre hiperinflação, e do presidente Jair Bolsonaro, sobre pólvora ao invés de saliva, não fizeram preço, mas vão acumulando sinais de fragilidade na reta final da definição dos temas acima”, acrescenta.

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