Dólar cai mais de 3% em dia de recuperação global de moedas emergentes

A interrupção do rali de recuperação do dólar global beneficiou especialmente a moeda brasileira nesta terça-feira. Se nos últimos dias, o real foi constantemente o destaque negativo entre as moedas mais líquidas do mundo, hoje o ativo surpreendeu subindo quase o dobro da segunda melhor divisa do dia.

No encerramento da sessão, a moeda americana foi negociada em queda de 3,26%, a R$ 5,3235. No mesmo horário, o dólar cedia 1,82% contra o rand sul-africano, 1,27% na comparação com o peso mexicano e 1,19% ante o rublo russo.

Esta também foi a maior queda diária desde os 5,50% registrados em 8 de junho de 2018, no auge da greve dos caminhoneiros, quando o então presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn anunciou um programa de swap de US$ 20 bilhões para ajudar a estancar a sangria da moeda.

Participantes de mercado, no entanto, não souberam apontar um fator preponderante para o desempenho acima da média do mercado da moeda brasileira. Segundo um gestor, o real se beneficiou do forte avanço dos preços das commodities agrícolas. Impulsionado por um relatório do Departamento de Agricultura americano (USDA) prevendo queda nos estoques globais no fim de 2021, os contratos de milho primeira posição de entrega chegaram a ser negociados no maior patamar desde julho. Já os contratos de soja operavam com preços não vistos desde junho de 2014.

O integrante de uma grande corretora avalia que a aceleração do IPCA no final de 2020 levou participantes de mercado a voltarem a antecipar uma alta dos juros mais rápida no Brasil. “A curva de juros acabou fechando...

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