Dólar comercial fecha em forte queda, com expectativa de vitória de Biden

Expectativas crescentes por uma confirmação da vitória de Joe Biden na eleição dos Estados Unidos fizeram o real ter o melhor desempenho em uma semana desde o início de junho. Na esteira das notícias que colocam o candidato democrata cada vez mais perto da Casa Branca, o dólar emendou três sessões consecutivas de queda forte, acumulando baixa de 6,03% na semana.

Nesta sexta-feira, após ensaiar uma realização de lucros mais cedo, a moeda americana virou e passou a testar mínimas consecutivas no restante do pregão. No fim do dia, foi negociada em baixa de 2,78%, a R$ 5,3920.

Esta é a primeira vez que o dólar fecha abaixo dos R$ 5,40 desde 21 de setembro. A queda na semana foi também a mais intensa entre as 33 divisas mais líquidas do planeta. Contra a coroa tcheca, a segunda divisa de melhor desempenho no período, o tombo foi de 4,43%.

Para Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Mizuho no Brasil, o desempenho acima da média dos pares na semana se deve a fatores locais, como a aprovação da autonomia do Banco Central e dados de atividade melhor que o esperado, como o da produção industrial, que reforça a confiança sobre a recuperação brasileira no terceiro trimestre. Ele lembra, por outro lado, que o noticiário político segue bastante esvaziado.

Na avaliação de Gustavo Rangel, economista-chefe para a América Latina do banco holandês ING, o desempenho da moeda brasileira "parece mais uma questão de “catch-up” [convergência], uma vez que as outras moedas já tinham andado bem e o real continuava bem fraco". "Se o movimento de apetite por risco tem pernas, pode alterar sim a perspectiva para o fim de ano, mas é difícil ver o real tendo performance melhor que o resto do mercado enquanto o risco fiscal se mantém tão...

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