Dólar fecha em alta com títulos americanos no radar

O avanço dos rendimentos das Treasuries e o enfraquecimento do euro voltaram a colocar o dólar na ofensiva globalmente nesta sexta-feira. Como resultado, as divisas emergentes se depreciaram de maneira generalizada, inclusive o real. O avanço, no entanto, acabou sendo comedido por causa dos ecos da atuação mais agressiva do Banco no câmbio desde quarta-feira.

No Brasil, o dólar encerrou cotado a R$ 5,5597, alta de 0,30%. Mesmo com o avanço neste pregão, a moeda americana acumulou uma baixa de 2,15% na semana. Uma diferença marcada em relação à quarta-feira, quando chegou a bater R$ 5,87 - naquele momento, o dólar acumulava alta de 3,39% em relação ao fechamento da semana anterior.

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"O BC ofereceu um total de US$ 3,2 bilhões via swaps ou moeda à vista esta semana, exibindo uma postura mais agressiva e proativa", dizem estrategistas do Citi. Entre as potenciais motivações por trás dessa mudança, o banco cita: um interesse em reduzir a cotação do dólar antes da reunião do Copom; preocupações com o repasse cambial e também uma tentativa de diminuir os incentivos para investidores locais continuarem usando o dólar como hedge para outras posições.

Acreditamos que pode ser uma combinação dessas possibilidades e certamente somos simpáticos a uma demonstração de preocupação com a inflação. De toda forma, entendemos que o BC continuará a ser proativo em suas intervenções até que se prove o contrário.

Muitos analistas concordam, por outro lado, que o início do processo de normalização da política monetária no Brasil poderá trazer alívio para a moeda brasileira. Resta saber...

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