Dólar sobe 2,35% na semana, com tensão política local

O último pregão da semana viu duas forças se equilibrarem no mercado de câmbio, levando o dólar a oscilar perto da estabilidade na reta final da sexta-feira. De um lado, o maior apetite por moedas emergentes visto no exterior após um dado de emprego nos Estados Unidos fez a moeda americana tocar R$ 4,9881 logo no início do pregão. Por outro, a notícia de que a PGR pediu a abertura de um inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro para apurar suposta prevaricação no caso da compra da vacina Covaxin acabou devolvendo o movimento. Dessa forma, o dólar encerrou o dia em alta de 0,18%, cotado a R$ 5,0537. Com o desempenho de hoje, acumulou alta de 2,35% na semana. Esta é a primeira alta semanal desde a segunda semana de junho, período no qual registrou baixa de 3,70%.

Por pressão do Supremo Tribunal Federal, a PGR pediu a abertura de investigação para apurar se Bolsonaro cometeu prevaricação em relação às denúncias de irregularidade na compra da vacina indiana, um dos principais desdobramentos da CPI da Covid até momento. Embora a leitura predominante, em Brasília e entre participantes do mercado financeiro, seja o de que o impeachment é algo distante no atual momento, a decisão da PGR coloca o escândalo mais próximo do Planalto.

"Como estamos na antessala da eleição, essas janelas de dólar baixo podem ser oportunidades para players montarem posições defensivas", diz Flavio de Oliveira, fundador e responsável pela mesa de renda variável da Zahl Investimentos. "Mas olhando o movimento da bolsa, que continua perto dos 127 mil pontos, me parece que a questão agora é mais um ruído mesmo", complementa.

"Apesar da miríade de altos e baixos do governo Bolsonaro, os últimos dez dias certamente são o ponto mais baixo de seu governo...

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