Dólar tem firme alta com ajuste em emergentes e ruído político

A valorização do dólar em mercados emergentes e as incertezas sobre os rumos das contas públicas no Brasil forçam um duro ajuste de alta em câmbio e juros no futuros por aqui. Por aqui, a moeda americana tem firme avanço contra o real, em um movimento um pouco mais acentuado que o observado no México, o que também eleva a pressão nas taxas dos DIs.

Pouco antes de 9h45, o dólar comercial tinha alta de 1,04%, aos R$ 5,4470. Para efeito de comparação, a moeda americana sobe hoje 0,70% contra o peso mexicano, enquanto oscila em leve queda, de 0,04%, contra o rublo russo e ganha 0,36% ante o rand sul-africano.

Mesmo que sem a mesma intensidade dos últimos dias, o que ainda contribui para um ambiente relativamente favorável para ativos de risco - principalmente as bolsas - é o progresso na busca por uma vacina contra covid-19 e a redução de incertezas com o desfecho das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Aos pouco, no entanto, os problemas domésticos brasileiros retornam ao radar e não devem demorar muito para dar a direção no mercado. O principal ponto de atenção é a indefinição sobre os rumos das contas públicas. Profissionais ouvidos pelo Valor têm afirmado que o tempo é curto para votações importantes neste fim de ano e os desafios são gigantescos, dado o aumento da dívida pública neste ano.

Além disso, de acordo com o estrategista Vinicius Alves, da Tullet Prebon, o presidente Jair Bolsonaro fez uma série de afirmações ontem que elevam a cautela no...

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