Dólar vai a R$ 5,75 e juros futuros sobem com exterior negativo e risco fiscal

Os temores que chacoalham os mercados europeus diante do aumento significativo do número de casos de covid-19 e a incerteza elevada em relação às eleições presidenciais americanas espalharam um movimento de aversão a risco nos ativos globais, o que contaminou o desempenho do câmbio e da curva de juros. O dólar tem alta forte contra o real e as taxas futuras exibem recomposição de prêmio ao longo de toda a curva, especialmente nos trechos mais longos, enquanto os ruídos em torno do rumo das contas públicas não se dissipam e dão mais gás ao movimento.

Por volta de 9h30, o dólar era negociado a R$ 5,7560 (+1,24%) no mercado à vista. No mesmo horário, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 subia de 3,44% no ajuste anterior para 3,51%; a do DI para janeiro de 2023 avançava de 4,93% para 5,04%; a do contrato para janeiro de 2025 saltava de 6,67% para 6,79%; e a do DI para janeiro de 2027 escalava de 7,49% para 7,62%.

A piora no quadro sanitário na Europa faz com que governos estudem adotar novamente medidas mais drásticas de isolamento social, com destaque para a França, que cogita um novo “lockdown” em seu território. É preciso lembrar que alguns indicadores antecedentes e de confiança já apontavam para a perda de ímpeto da economia da zona do euro com a chegada da segunda onda de casos. Algumas instituições financeiras, inclusive, já projetam nova contração do PIB da zona do euro no quarto trimestre.

O estresse no exterior também se dá diante do estreitamento entre o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump em pesquisas eleitorais em estados importantes nas eleições presidenciais nos Estados...

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