Dólar volta a fechar abaixo de R$ 5,60 com Fed e expectativa por PEC dos precatórios

Se a expectativa com a votação da PEC dos Precatórios - cuja aprovação evitaria cenários vistos como ainda piores, como a extensão do auxílio emergencial - apoiava o alívio do mercado de câmbio desde o fim da manhã, o tom do Federal Reserve ainda inclinado à manutenção dos estímulos acabou intensificando a queda da moeda americana no pregão de hoje. Os agentes também digeriram a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Copom, que mostrou uma preocupação maior com a questão fiscal.

No encerramento do dia, a moeda americana fechou em baixa de 1,43%, negociada a R$ 5,5892, perto da mínima de R$ 5,6772. Esta é a primeira vez que o dólar fecha abaixo da linha de R$ 5,60 desde a quarta-feira, 27, quando encerrou em R$ 5,5551.

Como esperado, o BC americano manteve a taxa de juros e anunciou o início da redução do volume de compras de ativos em novembro, a um ritmo de US$ 15 bilhões por mês.

Apesar do anúncio da redução dos estímulos, o presidente do Fed tem buscado passar uma imagem mais inclinada à manutenção dos estímulos. Na coletiva que acompanha a decisão de juros, Jerome Powell afirmou que ainda não vê pressão significativa dos salários e que a inflação está alta não por questões ligadas ao mercado de trabalho. O dirigente ressaltou que o ritmo das compras de títulos pelo Fed pode ser ajustado de acordo com as condições de mercado e reforçou que a medida não traz nenhuma indicação sobre quando os juros vão começar a subir nos EUA.

Em reação ao Fed, outras divisas emergentes também ganharam terreno. No horário do fechamento do mercado à vista no Brasil, o dólar cedia 1,26% frente ao peso mexicano e 1,08% contra o rand sul-africano, ao passo que reduzia a alta contra o rublo russo e a lira turca para 0,16% e 0,42%, respectivamente.

“Os mercados financeiros precificam uma alta de 25 pontos-base pelo Fed já na virada do primeiro para o segundo trimestre do ano que vem, o que nos parece um tanto agressivo. Acreditamos que o Fomc irá esperar até 2023 para iniciar o ciclo de aperto”, escreve o economista do Wells Fargo, Jay Bryson, em relatório.

Por aqui, a expectativa é com a...

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