Em audiência pública, ministros do STF e governo Lula defendem regulação das redes sociais

Na abertura de audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir a responsabilidade das redes sociais e de ferramentas de internet no conteúdo produzido pelos usuários, ministros da Corte e do governo Lula (PT) defenderam a regulação como forma de tentar civilizar o ambiente digital. Já representantes do Google e Facebook negaram omissão e afirmaram que mudanças não vão evitar a propagação de mensagens de ódio e mentirosas.O debate no STF, iniciado nesta terça-feira (28) e que ocorre até quarta (29), vai reunir quase 50 expositores, entre autoridades dos Três Poderes, representantes do setor privado e especialistas.Um dos episódios mais citados na abertura foram os ataques de 8 de janeiro, quando apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mediante organização prévia nas redes sociais, invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes, em Brasília."O modelo atual é falido. E não é falido só no Brasil, mas no mundo todo. Ele destrói reputações, dignidades, fez com que houvesse um aumento no número de depressão e de suicídio de adolescentes, sem falar na instrumentalização que houve no 8 de janeiro", afirmou Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e um dos 11 integrantes do Supremo.O ministro ressaltou que as bigtechs não podem deixar as coisas como estão. "Se você sabe que tem alguma coisa errada, alguma providência você tem que tomar", afirmou, comparando o papel das plataformas digitais ao de um galpão que pode ser alugado para servir ao desenvolvimento de atividades ilícitas. A necessidade de regular as redes, tal como evocada por Alexandre de Moraes, foi defendida por outros ministros do STF presentes...

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