Em resposta a tuíte da Funai, Bolsonaro se solidariza com familiares de Bruno e Dom

Bastante criticado por declarações a respeito do desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, o presidente Jair Bolsonaro, que chegou a dizer que os dois estavam “numa aventura”, se pronunciou na tarde de hoje no Twitter pela primeira vez desde a confirmação oficial da localização dos corpos.

“Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos!”, escreveu. A mensagem não foi colocada diretamente no perfil do presidente, onde ele anunciou a redução de impostos sobre videogames e elogiou o filme "Top Gun - Maverick", mas foi uma resposta à nota de pesar emitida pela Fundação Nacional do Indio (Funai).

Desde o início do governo, Bolsonaro tem sido criticado por reduzir a aplicação de multas ambientais, por restringir a atuação de órgãos de proteção e, principalmente, por seu discurso favorável a garimpeiros em regiões da Amazônia, visto como contrário aos interesses da população indígena.

A nota da Funai informa que Bruno Pereira ocupava o cargo de agente de indigenismo desde 2010. Ele também foi chefe das coordenações regionais de Juruá (Acre) e Vale do Javari (Amazonas). Atuou também como coordenador-geral de Indios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC).

Ele foi substituído no posto, em 2019, no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, pelo missionário Ricardo Lopes Dias. Diante de medidas que considerava inapropriadas para a proteção dos indígenas, Bruno pediu afastamento da Funai e vinha se dedicando a ajudar a Univaja, associação que reúne indígenas do Vale do Javari.

Na nota, a Funai diz que “o servidor deixa um imenso legado para a política de proteção de indígenas isolados e de recente contato, área em que se tornou um dos principais especialistas no país e que atuava com extrema dedicação”.

Ainda de acordo com o comunicado da Funai, o indigenista era considerado uma referência por colegas e por indígenas, com os quais construiu uma relação de amizade ao longo dos anos.

“Bruno era descrito pelos colegas como um amigo educado, sensível às temáticas indígenas, bem-humorado e sempre colaborativo com todos os setores...

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