EUA divulgam nova estratégia diplomática para a China e querem ampliar diálogo com Pequim

Os Estados Unidos divulgaram sua estratégia diplomática em relação à China, e dizem que o país vai “testar” a diplomacia americana a “níveis nunca vistos antes”. Segundo Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, a relação diplomática entre os dois países vai ser guiada pelos pilares de investimentos, alinhamento e competição.

Durante discurso na Asia Society Policy Institute, Blinken ressaltou que a China é o "único país com a vontade de mudar a ordem global e tem força econômica, diplomática e tecnológica para fazer isso”, e disse que apesar de não acreditar que Pequim mudará a trajetória de sua diplomacia, os EUA estão prontos para aumentar a "comunicação com Pequim em diversos temas”.

“Nenhum país se beneficiou mais da ordem global do que a China e ao invés de fortalecer isso, eles colocam ela em xeque”, disse Blinken, que reafirmou a vontade americana de manter o sistema internacional e reformá-lo de maneira que o deixe mais inclusivo.

O secretário também citou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante a fala, criticando a guerra da Ucrânia e acusando o líder russo de querer alterar as ordens de força global. Blinken também citou a relação da China com a Rússia, e a classificação de Putin para a parceria entre os dois países como “sem limite”, e lembrou de exercícios militares russos e chineses na Ásia durante a visita do presidente dos EUA, Joe Biden, ao continente nesta semana.

Blinken também disse que o presidente chinês Xi Jinping está se tornando “mais repressivo internamento e mais agressivo fora”, citando sistemas de controle da população, do genocídio da população Uigur e das medidas repressivas no Tibet e em Hong Kong.

“Ações como essa mostram como Pequim pode retaliar as medidas que eles não concordam”, disse Blinken. “ Existe uma convergência crescente no mundo da necessidade de se lidar com Pequim mais realisticamente. Vários parceiros sabem como a China pode agir quando tomam decisões que eles não gostam.”

Como maneira de lidar com a expansão da influência chinesa no mundo, o governo americano estabeleceu três pilares de atuação, que segundo Blinken, não são sobre “forçar uma escolha, mas oferecer uma opção”, e disse que não querem “bloquear a China como uma grande potência e nem evitar o crescimento de sua economia, mas defender e fortalecer as leis internacionais e instituições que garantem paz e segurança”.

No âmbito dos investimentos, a estratégia americana se foca em trazer, desenvolver e proteger tecnologias...

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