Excedente de receitas fora do teto é ‘nonsense’, diz Gabriel Leal de Barros

Colocar parte do excedente de receitas destinados a investimentos para fora do teto de gastos é uma "maluquice", um "total nonsense", quando se projeta déficit primário em 2023 e se espera aumento do endividamento, diz Gabriel Leal de Barros, sócio e economista-chefe da Ryo Asset. Essa expansão fiscal pretendida, diz ele, levará a um choque inflacionário na economia brasileira.Essa é uma das sugestões defendidas pela equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma minuta para a elaboração de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi entregue ao Congresso nessa quarta-feira (16) pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, coordenador dos trabalhos.O excedente de receitas tem sido utilizado para abatimento da dívida da União. Pela proposta defendida pela equipe de transição, a parte a ser colocada fora do teto e que seria destinada a investimentos seria limitada a um percentual da receita corrente líquida, o que levaria a uma despesa adicional acima do teto de cerca de R$ 23 bilhões em 2023.Isso, somados aos R$ 175 bilhões relacionados ao deslocamento do Auxílio Brasil do teto - que deve voltar a ser chamado de Bolsa Família - levaria a um excedente de R$ 198 bilhões. "Vamos colocar na Constituição a possibilidade de ter excesso de arrecadação num ano em que teremos déficit primário. Não faz o menor sentido, é um total nonsense", diz Barros.E o excesso de arrecadação, lembra, será medido em função da receita projetada. "Ou seja, se vier uma receita menos pior, se configura o excesso de arrecadação e o gasto com investimento. Teremos expansão fiscal...

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