Fake news tentam justificar censura na Bienal do Rio

Na tentativa de justificar a ação da Prefeitura do Rio de Janeiro na Bienal do Livro, as redes sociais usaram fartamente uma série de imagens de um livro que não estava à venda em nenhum dos estandes do evento.

Livro holandês traduzido para público português

Reprodução

No pedido de censura feito ao Tribunal de Justiça do estado, por exemplo, para amplificar seu argumento, o prefeito Marcelo Crivella enviou ao presidente da corte, Cláudio de Mello Tavares, imagens de As Gêmeas Marotas.

A obra, em nome de um suposto autor holandês chamado Brick Duna, é uma sátira que foi lançada em Portugal em 2012, com tradução de Maria Barbosa.

O livro não é voltado ao público infantojuvenil. É uma sátira das produções infantis do holandês Dick Bruna, morto em 2017, conhecido pelo personagem Miffy, um coelhinho de traços simples. Daí, aliás, o pseudônimo Brick Duna, que assina o título da obra também distribuída em imagens por integrantes da gestão Crivella.

As mesmas imagens, porém, não foram apresentadas pela prefeitura no recurso contra a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que suspendeu a decisão que permitia apreensão dos livros.

Uma das fotos que circularam pela internet mostra a obra exposta num estande, com preços em euros. Além disso, o título está com a grafia de português de Portugal, como é possível...

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