Fluxo para emergentes determina queda de juros futuros

O mercado de juros voltou a se aproveitar do fluxo para mercados emergentes e fechou a sexta-feira com queda forte das taxas futuras. Além disso, também houve diminuição do nível de inclinação da curva de juros na semana, embora ele se mantenha bastante significativo. O cenário dos agentes, agora, se volta para a pauta fiscal, que deve ganhar ainda mais os holofotes no mercado após o segundo turno das eleições municipais no domingo.

No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 passava de 3,31% no ajuste anterior para 3,25%; a do DI para janeiro de 2023 caía de 5,02% para 4,93%; a do contrato para janeiro de 2025 recuava de 6,83% para 6,70%; e a do DI para janeiro de 2027 cedia de 7,60% para 7,49%. Assim, o spread entre as taxas dos DIs para janeiro de 2027 e de 2022 passava de 4,38 pontos percentuais no fim da semana passada para 4,24 pontos.

“O mercado está relativamente mais otimista e isso não é só aqui. Os ativos de risco têm tido um desempenho bastante favorável nas últimas semanas”, diz o economista-chefe do Haitong, Flavio Serrano. Ele nota que as últimas semanas haviam sido de aumento de prêmio de risco, especialmente no mercado de juros e, com a melhora nas perspectivas globais diante do progresso em torno das vacinas, esse movimento proporcionou um alívio dos excessos nos juros, apesar da desconfiança com a situação fiscal brasileira permanecer em níveis elevados.

Um dos principais pontos acompanhados de perto pelos investidores é a discussão em torno do Orçamento para o próximo ano. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ainda não foi apreciada e, se isso não ocorrer até o fim do ano, a máquina pública corre o...

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