De gabinete do ódio à ignorância: leia reação de governadores a Bolsonaro

Em resposta ao pronunciamento do presidente, representantes estaduais reiteraram orientações de técnicos da saúde e reforçaram a manutenção de medidas adotadas mundialmente contra o vírus Governadores de todo o país vieram à público nesta quarta-feira para reagir ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre a crise do coronavírus e reiterar as medidas de isolamento social decretadas nos Estados. Na peça, Bolsonaro minimizou o avanço da doença, tentou responsabilizar os governadores por tomar medidas de restrição que possam afetar a economia e sugeriu uma "volta à normalidade".

Os represantes estaduais destacaram as orientações de técnicos da área de saúde e reforçaram que vão manter medidas já adotadas seguindo respostas vistas em todo mundo no combate ao coronavírus, desde suspensão de aulas a fechamento do comércio e quarentena.

A maior parte dos Estados já decretou a suspensão de negócios considerados não essenciais, a restrição de circulação nos transportes públicos e vêm pedindo para que a população evite sair de casa. O Brasil tem 2.433 casos de coronavírus, além de 57 mortes pela doença.

O presidente Jair Bolsonaro em videoconferência com governadores do SudesteEm videoconferência nesta quarta-feira com representantes do Sudeste, Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, bateram boca sobre o tema, escalando o embate entre as unidades da federação e o governo federal. Doria não foi o único. Leia abaixo as principais declarações dos governadores em reação ao presidente.

Reunião com Maia

Depois de três dias de reuniões com o presidente, os governadores participaram, nesta tarde, de videoconferência com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir ações de enfrentamento à crise. Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, avisou que não participaria do encontro virtual. Por meio de assessoria, disse que prefere manter o foco em cuidar das pessoas e acha que não é hora "de politizar ou polemizar".

"Bolsonaro tem parte da razão, afinal muitos municípios pequenos, sem qualquer caso de coronavírus, estão fechando. De outra parte, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília têm situações diferenciadas", argumentou Ibaneis. Para ele, "juízo, paciência e muito apoio das equipes técnicas é o que resolverá esse problema".

A principal demanda do grupo reunido é acelerar a votação do chamado Plano Mansuetto, de ajuda financeira aos Estados comprometidos com o ajuste fiscal.

O governador do Mato Grosso do Sul...

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