Governador e autoridades do RJ pressionam União a desistir de vender Palácio Capanema

Em mais um capítulo da queda de braço sobre a possível venda do Palácio Gustavo Capanema, símbolo da arquitetura modernista no Rio de Janeiro, autoridades do Estado reuniram-se nesta quarta-feira com a entidades de classe ligadas a arquitetura e urbanismo e representantes do meio cultural. Na saída do encontro, o governador Claudio Castro (PL) disse que o governo desistiu da ideia de vender o prédio.

Tanto Castro quanto o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Andre Ceciliano (PT) reiteraram a disposição de compra, pelo próprio Estado, do equipamento público. Ceciliano informou que a ideia está mantida para eventual cessão onerosa ou gratuita - em que o Estado arcaria com a manutenção do prédio. Castro prometeu tratar do tema pessoalmente com o ministro Paulo Guedes na quinta-feira, em reunião em Brasília.

"A Casa Civil estadual já fez uma primeira conversa [com o governo federal]. Provavelmente amanhã eu vou estar em Brasília para outros assuntos e também vou tocar nesse assunto do palácio. As informações, parece, são de que o governo federal não vai mais vender o palácio. Eu acho que o que a gente fez aqui hoje foi abrir um debate", disse Castro.

Ceciliano reiterou o recuo do governo federal, que deu o tom da reunião. "A boa notícia é que, segundo interlocutores do governo do Estado com o governo federal, a possibilidade da venda no leilão está suspensa. A informação é de que o ministro Paulo Guedes vai tirar o palácio do leilão".

Apesar do movimento, Castro, aliado de primeira hora do governo Jair Bolsonaro, pregou equilíbrio e defendeu a destinação econômica e social de imóveis federais no Rio de Janeiro, na linha do que a equipe de Guedes vem propondo. A princípio, no próximo dia 27, haverá um evento para divulgar a lista de 2.263 imóveis federais no Estado abertos a ofertas de compra por incorporadoras e investidores do mercado imobiliário. A notícia foi antecipada pelo Valor na sexta-feira.

"Eu tenho uma posição pessoal que é a de ter equilíbrio. A gente tem que preservar aquilo que tem de ser preservado, mas também tem de dar destinação econômica e social para muitos prédios. A Europa é um case disso, tem prédios com uma fachada 100% preservada e dentro uma destinação econômica ou social daquele patrimônio histórico. Então não adianta a gente por ideologia ou vender tudo ou deixar como está, caindo", disse o governador.

Ele informou ainda que aprovou com Ceciliano a ideia de formar uma comissão para tratar do tema junto ao...

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