Governo inicia operação para retirar invasores de terra indígena no Pará

O governo federal inicia nesta quarta-feira o processo de "retirada pacífica" de madeireiros, posseiros, invasores e produtores de maconha que ocupam ilegalmente parte da Terra Indígena Alto Rio Guamá, no Pará. O território tem 280 mil hectares, fica a cerca de 250 quilômetros da capital Belém e abriga 2,5 mil indígenas das etnias Tembé, Timbira e Kaapor, distribuídos em 42 aldeias. A população de não indígenas no local é estimada em 1,6 mil pessoas, com base em dados de 2010.Segundo o governo, a área foi reconhecida como território indígena em 1945 e homologada em 1993. No entanto, não indígenas já indenizados ou que invadiram a área após o processo de homologação insistem em permanecer irregularmente lá, muitos deles praticando, inclusive, atividades ilegais como exploração não autorizada de madeira para venda na região e cultivo de maconha."Tecnicamente denominada desintrusão ou extrusão, a operação tem como objetivo garantir aos povos indígenas o pleno direito sobre seu território, devolvendo a eles a integralidade das terras que lhes pertencem. A presença de não indígenas fere garantias constitucionais, ameaça a integridade dos povos originários e provoca danos ao meio ambiente", diz texto publicado pelo Palácio do Planalto.A retirada dos invasores acontece em cumprimento à sentença da Justiça Federal, publicada em outubro de 2014, que trata justamente da reintegração de posse do Ministério Público Federal do Pará. A ação será operacionalizada por um grupo multidisciplinar que envolve diferentes órgãos e ministérios, incluindo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).De acordo com o órgão, serão priorizadas ações de retiradas "menos violentas" e "conflituosas". "A agência analisou cenários prováveis de ação e suas eventuais consequências. Foram priorizadas alternativas menos violentas e conflituosas, baseadas no diálogo e no não...

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